Roménia. Partidos chegam a acordo para formação de Governo

Os principais partidos da Roménia chegaram hoje a um acordo governamental, após meses de crise política - com a repetição das eleições presidenciais -, cuja prioridade é fazer face ao maior défice orçamental da União Europeia.

Roménia

© DANIEL MIHAILESCU/AFP via Getty Images

Lusa
23/06/2025 12:38 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Bucareste

O parlamento deverá aprovar hoje o Governo do recém-nomeado primeiro-ministro Ilie Bolojan, depois de este ter garantido uma maioria absoluta parlamentar graças a um acordo entre sociais-democratas, liberais, conservadores e forças minoritárias para implementar um ambicioso plano de cortes nos gastos públicos e despedimentos na administração.

 

Entre as medidas fiscais esperadas estão o aumento do IVA e outras taxas sobre o consumo de produtos, a criação de um imposto sobre as pensões mais elevadas, uma redução das despesas e despedimentos e tetos salariais para toda a administração pública.

Espera-se que este acordo governamental ponha fim à pior crise política da história recente da Roménia, que se aprofundou após a vitória inesperada de Calin Georgescu, um candidato de extrema-direita próximo de Moscovo, na primeira volta de uma eleição presidencial que acabou por ser anulada devido ao financiamento irregular de campanhas e também sob acusações, embora não comprovadas, de interferência estrangeira.

Estas eleições foram repetidas em maio, altura em que o então presidente da Câmara de Bucareste, Nicusor Dan, derrotou o novo candidato de extrema-direita, Georgescu Simion, depois de Georgescu ter sido impossibilitado de se candidatar.

A Roménia é o país da União Europeia (UE) com o maior défice do bloco europeu, tendo chegado ao 9,3% no final de 2024.

A extrema-direita - que conquistou um terço dos lugares nas eleições de dezembro - classificou as negociações políticas recentes como "vergonhosas" e considerou serem "um insulto", nas palavras do líder do partido nacionalista AUR, George Simion.

Esta ascensão das forças eurocéticas que se opõem à ajuda militar a Kiev causou preocupação em Bruxelas, uma vez que o país de 19 milhões de habitantes tem estado na linha da frente da NATO desde o início da guerra na vizinha Ucrânia.

Leia Também: "Calorosamente, congratulei-o". Costa conversou com presidente da Roménia

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