França vai usar aviões militares para repatriar cidadãos em Israel

Estes voos para transportar cidadãos franceses "que o desejem fazer do Aeroporto Ben Gurion, em Israel, para o Chipre, serão "sujeitos à autorização israelita" e juntar-se-ão aos voos civis fretados de Amã.

Avião militar,  A400M,

© Getty Images

Lusa
23/06/2025 06:58 ‧ há 3 horas por Lusa

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A França vai utilizar aviões militares A400M para transportar cidadãos franceses "que o desejem fazer do Aeroporto Ben Gurion, em Israel, para o Chipre", anunciaram os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa na noite de domingo.

 

Estes voos serão "sujeitos à autorização israelita" e juntar-se-ão aos voos civis fretados de Amã.

Esta decisão de Paris surge no seguimento do ataque, na noite de sábado para domingo, dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, após o início da ofensiva israelita na República Islâmica, em 13 de junho.

O Presidente francês Emmanuel Macron, pediu no domingo após uma ronda de contactos telefónicos com líderes do Médio Oriente, ao homólogo iraniano, Masoud Pezeshkian, para retomar as conversações diplomáticas.

"Apelei para o desanuviamento e para que o Irão agisse com a maior contenção possível neste contexto perigoso, para permitir um regresso à via diplomática", declarou na rede social X.

Na sequência dos ataques norte-americanos, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, demarcou Paris da sua execução e planeamento.

"A França está convencida de que a solução duradoura para esta questão reside numa solução negociada no quadro do Tratado de Não Proliferação Nuclear", defendeu Barrot.

O embaixador iraniano na ONU afirmou no domingo, perante o Conselho de Segurança, que Teerão vai decidir "o momento, a natureza e a escala da resposta proporcional" ao ataque dos Estados Unidos contra o seu país.

Durante uma reunião de urgência nas Nações Unidas solicitada pelo Irão, Amir Saeid Iravani acusou Washington de lançar uma guerra "sob pretextos absurdos e fabricados", referindo-se aos bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares iranianas.

O representante do Irão alertou que o seu país se reserva "o pleno e legítimo direito de se defender contra a agressão insolente dos Estados Unidos e do seu peão israelita", sem dirigir, no entanto, nenhuma ameaça concreta.

Aviões norte-americanos bombardearam três instalações nucleares no Irão, juntando-se à ofensiva lançada por Israel em 13 de junho, justificada pela criação iminente de uma bomba nuclear, o que é refutado por Teerão.

Poucas horas depois, o Irão lançou cerca de 40 mísseis contra Israel, acusando os Estados Unidos de destruir as possibilidades de uma solução diplomática para a questão nuclear.

Também no domingo, em conferência de imprensa no Pentágono, o secretário da Defesa norte-americano comentou que os Estados Unidos "não pretendem entrar em guerra" com o Irão, mas avisou que vão agir "rápida e decisivamente" caso os seus interesses sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação.

Leia Também: Austrália e Japão apoiam EUA após ataque a instalações nucleares do Irão

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