Dez mil pessoas manifestaram-se em Berlim para apoiar Gaza

Mais de 10 mil pessoas, segundo a polícia, manifestaram-se hoje em Berlim para apoiar Gaza, num protesto que se estendeu à contestação do financiamento de Israel, pelo Estado alemão, e à guerra entre Irão e Israel.

Berlim Gaza
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© Halil Sagirkaya/Anadolu via Getty Images

Lusa
21/06/2025 18:52 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A manifestante Gundula, que não quis revelar o apelido, disse à agência de notícia France-Presse (AFP) que vê neste conflito com Teerão "uma tática de distração" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

 

"Este é realmente o momento em que todos precisamos de nos manifestar. Não podemos simplesmente ficar sentados nos nossos sofás e em silêncio", disse Gundula, no meio de uma multidão que gritava "A Alemanha financia, Israel bombardeia!".

Marwan Radwan, um jovem que vestia um 'keffiyeh' palestiniano, disse que se juntou ao protesto por se opor ao "genocídio em curso" e ao "trabalho sujo" do Governo alemão.

Em Londres, dezenas de milhares de pessoas também se manifestaram hoje para apoiar Gaza e apelar ao Governo britânico para que "deixe de armar Israel", num protesto em que foi igualmente demonstrado receio perante a guerra entre o Irão e Israel, iniciada no passado dia 13 de junho.

"Não toquem em Gaza" e "Não toquem no Irão", lia-se nos cartazes erguidos pelos manifestantes, num ambiente descontraído, e em que muitos gritavam "Palestina livre".

A Campanha de Solidariedade com a Palestina, que organizou a manifestação, instou o Governo britânico a "deixar de armar o genocídio".

Nicky Marcus, uma editora de 60 anos, já participou em várias manifestações de apoio a Gaza para "mostrar aos palestinianos que não estão sozinhos" e referiu que está preocupada com o facto de "todas as atenções" estarem agora centradas na guerra entre o Irão e Israel, em detrimento dos habitantes de Gaza, um território palestiniano devastado por mais de 20 meses de guerra.

"É aqui que está a ocorrer o genocídio", afirmou.

Mais de 55 mil palestinianos, na sua maioria civis, foram mortos na ofensiva israelita em Gaza, segundo os dados do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo grupo extremista Hamas, que a ONU considera fiáveis.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Harry Baker, um londrino de 34 anos, lamentou que "a situação em Gaza esteja a piorar ainda mais perante os olhos do mundo inteiro".

"É importante evitar outra guerra no Médio Oriente", afirmou, manifestando-se preocupado com a guerra entre o Irão e Israel, que entrou hoje no nono dia.

"Não gosto do regime iraniano, mas a situação é agora muito perigosa", precisou.

Outro manifestante, um estudante iraniano de 31 anos que vive em Londres há sete anos, afirmou que "o Irão não tem uma bomba [nuclear] e Israel sabe disso".

"Sei que o regime iraniano não é bom, mas continua a ser o meu país e temo pela minha família", disse, preferindo não dar o seu nome.

Leia Também: Resistência iraniana nas ruas de Berlim exige mudança de regime

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