Guerra entre Israel e Irão opõe forças armadas com capacidades desiguais?

A guerra entre Israel e Irão opõe Forças Armadas com capacidades desiguais: os israelitas têm meios abundantes e ultramodernos, enquanto os iranianos já perderam parte dos arsenais obsoletos e vários comandantes.

Irão

© Stringer/Getty Images

Lusa
16/06/2025 17:05 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

Segundo analistas ouvidos pela agência de notícias France-Presse, a vantagem militar está do lado de Israel:

 

Domínio nos céus

Apesar de nenhum dos países revelar a dimensão dos arsenais, o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres estimou que a força aérea israelita possua 316 aviões de combate, enquanto o Irão tem 136 caças de diferentes modelos, considerados antigos e obsoletos.

Em termos de mísseis, a indústria de armamento israelita é vigorosa, mas a guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza e contra o movimento xiita Hezbollah no Líbano consome muito material, apesar da ajuda militar dos Estados Unidos.

No Irão, a maior parte dos mísseis foi transferida para oeste, indicou a analista Eva Koulouritis, admitindo que "as capacidades balísticas iranianas foram gravemente afetadas" pelos ataques da força aérea israelita em curso desde sexta-feira.

Algumas fontes indicaram que Teerão terá entre 2.000 e 4.000 mísseis, mas apenas 600 ou 700 com capacidade para atingir território israelita.

Desigualdade em drones

Os ataques com drones conduzidos pela 'secreta' israelita, a Mossad, de dentro de território iraniano na madrugada de sexta-feira afetaram as capacidades de defesa e de contra-ataque de Teerão.

Israel, por seu lado, tem capacidade para intercetar a maior parte dos drones lançados pelo Irão, tal como aconteceu em hostilidades de menor escala em 2024, indicou o analista Pierre Razoux, apesar de terem provocado estragos e mortes em várias cidades israelitas desde sexta-feira.

Segundo as autoridades da República Islâmica, os ataques israelitas mataram 224 pessoas e feriram mais de mil. Israel contabilizou 24 mortos.

Aliados com capacidades muito diferentes

Ao longo dos anos, a estratégia iraniana foi apoiar aliados regionais do autodenominado "eixo de resistência" contra Israel e os interesses ocidentais, mas o Hamas e o Hezbollah foram muito enfraquecidos pela guerra que Israel lhes moveu depois do ataque do movimento palestiniano em solo israelita a 07 de outubro de 2023.

Além de milícias pró-iranianas no Iraque, Teerão conta apenas com os rebeldes huthis no Iémen.

Israel tem, à partida, o apoio da maior superpotência militar mundial, os Estados Unidos, cujo Presidente, Donald Trump, ameaçou retaliar "com toda a força" caso o Irão ataque algum alvo norte-americano, incluindo as bases do Médio Oriente.

Forças terrestres e capacidade nuclear

É improvável um confronto entre forças convencionais terrestres, uma vez que os dois países não partilham fronteiras, mas o exército israelita conta com 169.500 militares e 465.000 na reserva, muitos com experiência de combate em Gaza e no Líbano.

A Fundação Mediterrânica de Estudos Estratégicos estimou que o Irão disponha de 650.000 homens nas maiores forças armadas da região, além de 190.000 membros dos Guardas da Revolução e 600.000 reservistas.

Israel nunca confirmou ou desmentiu ter armas nucleares, mas de acordo com o Instituto Internacional de Estocolmo disporá de 90 ogivas.

O Ocidente acusou o Irão de querer desenvolver armas nucleares, mas Teerão sempre o desmentiu, apesar de ter mais de 400 quilogramas de urânio enriquecido a 60%, segundo a Agência Internacional de Energia Atómica, material que chegaria para nove bombas nucleares se for enriquecido até 90%.

Leia Também: Irão pede evacuação de zonas com infraestruturas militares em Telavive

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