Ismail Fekri, um agente da Mossad condenado pelos crimes capitais de "corrupção na terra e 'moharebeh' [guerra contra Deus], foi enforcado", noticiou o sítio de notícias Mizan Online, um órgão do poder judicial.
A execução ocorreu depois de concluídos todos os procedimentos legais e de o veredicto ter sido confirmado pelo Supremo Tribunal, acrescentou a mesma fonte, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
A imprensa iraniana noticiou no domingo que a polícia da província de Alborz, a oeste de Teerão, tinha detido duas pessoas suspeitas de ligações à Mossad.
Poucas horas depois, Israel anunciou a detenção de dois israelitas por suspeita de colaboração com os serviços secretos iranianos.
O chefe do poder judicial iraniano, Gholamhossein Mohseni Ejei, apelou hoje para um julgamento rápido dos culpados de espionagem a favor de Israel.
"Se uma pessoa é detida porque tem ligações com o regime sionista e colaborou com ele, o julgamento e sentença devem ser pronunciados muito rapidamente, de acordo com a lei e tendo em conta as condições da guerra", disse Ejei, citado pela agência iraniana Tasnim.
Após décadas de hostilidade, Israel lançou uma ofensiva contra o Irão na sexta-feira, alegando ter como alvo as infraestruturas nucleares e militares iranianas.
Os bombardeamentos israelitas mataram pelo menos 224 pessoas no Irão, incluindo altos comandos militares, cientistas nucleares e civis, de acordo com as autoridades iranianas.
O Irão retaliou com ataques de 'drones' e mísseis, que mataram pelo menos 24 pessoas em Israel, de acordo com o mais recente relatório divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A República Islâmica não reconhece Israel e acusa-o regularmente de sabotar as infraestruturas nucleares e de assassinar vários dos cientistas iranianos.
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