Através de um comunicado divulgado no final de domingo, o Ministério do Interior da RDCongo confirmou o novo balanço de vítimas, especificando que as mortes foram registadas em oito zonas da capital, sobretudo Ngaliema.
A capital da RDCongo é habitada por 17 milhões de pessoas.
Segundo o ministério, a catástrofe causou danos materiais significativos e deixou muitas famílias sem casa.
Numa reunião de crise realizada no domingo, o ministro do Interior e da Segurança, Jacquemain Shabani, disse que as pessoas afetadas vão ser ajudadas.
As imagens publicadas nos meios de comunicação social locais mostram ruas completamente inundadas e deslizamentos de terras.
A chuva caiu com grande intensidade apesar de o mês de junho fazer parte da estação seca na região de Kinshasa.
Augustin Tagisabo, chefe de divisão do METTELSAT, o serviço meteorológico nacional, disse aos jornalistas que se verificou uma grande precipitação em Kinshasa e no norte do país devido a ventos do Golfo da Guiné.
Os meios de comunicação social locais da República Popular do Congo, país vizinho, informaram hoje que o mau tempo fez, pelo menos, dois mortos na capital, Brazzaville, embora não tenham sido divulgados números oficiais.
As cidades de Kinshasa e Brazzaville ficam em frente uma da outra, separadas pelo rio Congo, que serve de fronteira natural entre os dois países.
A população da capital da RDCongo já foi atingida por fortes chuvas e inundações no início do passado mês de abril, tendo 75 pessoas perdido a vida.
Em abril, as chuvas fizeram com que o rio Ndjili, que atravessa parte da cidade de Kinshasa, transbordasse, inundando a avenida Lumumba, a mais longa e importante artéria da cidade.
Na altura, as autoridades ordenaram a demolição de construções ilegais e de casas construídas em zonas não edificáveis para que fossem evitadas futuras inundações.
Em maio, as chuvas fortes e as inundações provocaram a morte a 11 pessoas em Kinshasa.
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