Iranianos avisados para deixarem zonas próximas de fábricas de armamento

O exército israelita pediu hoje aos cidadãos iranianos que se encontrem nas imediações de fábricas de armamento no Irão para abandonarem imediatamente essas zonas e não regressarem até nova ordem.

Israel, ataque do irão, Telavive,

© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

Lusa
15/06/2025 09:10 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

"Este é um aviso urgente para todos os que se encontrem ou venham a encontrar-se em quaisquer instalações de produção de armas ou em locais que apoiem essa produção no Irão. Para vossa segurança, pedimos que evacuem imediatamente essas instalações e não regressem até nova ordem", declarou o porta-voz militar israelita para o mundo árabe, Avichay Adraee, numa mensagem difundida através das redes sociais.

 

O alerta surge após mais de dois dias de bombardeamentos cruzados entre Israel e o Irão, na sequência de uma série de ataques surpresa levados a cabo pelas forças israelitas, na madrugada de sexta-feira, contra instalações nucleares, militares e alvos da cúpula das forças armadas iranianas.

As autoridades iranianas afirmaram dispor de "provas sólidas" de que os Estados Unidos prestaram apoio às recentes ofensivas israelitas, embora Washington ainda não se tenha pronunciado oficialmente sobre o assunto.

Entretanto, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, acusou o Conselho de Segurança da ONU de "indiferença" após o ataque israelita sem precedentes contra o seu país.

Durante uma reunião com diplomatas estrangeiros transmitida pela televisão estatal, Araghchi declarou que o ataque israelita foi "recebido com indiferença pelo Conselho de Segurança da ONU" e lamentou que os governos ocidentais tenham "condenado o Irão em vez de Israel, apesar de o Irão ter sido a parte agredida".

Hoje, o espaço aéreo israelita continua encerrado, pelo terceiro dia consecutivo, segundo um comunicado da Autoridade Aeroportuária de Israel.

Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira, quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando pelo menos 78 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e 320 feridos, segundo a única contagem oficial de vítimas apresentada até agora pelas autoridades iranianas, que não inclui eventuais novas vítimas de hoje e de sábado.

Entre os mortos, contam-se pelo menos oito oficiais superiores, incluindo o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o Comandante-em-Chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e incluem instalações nucleares, como as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto nacional de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão iniciou a sua retaliação na sexta-feira à noite e realizou, até agora, pelo menos seis ataques com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 16 mortos e 150 feridos, número já atualizado com os de este último ataque.

Leia Também: AO MINUTO: Trump ameaça Irão com 'toda a força'; Dez mortos em Israel

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