Um porta-voz das autoridades de Hong Kong disse que os residentes devem "acompanhar a situação local, ter cautela, cuidar da segurança pessoal, evitar grandes aglomerações e prestar atenção aos comunicados locais".
O alerta, justificado com "os protestos e tumultos recentes nos Estados Unidos", ainda em curso naquele estado, surgiu num comunicado divulgado na segunda-feira à noite.
Os confrontos na maior cidade do estado da Califórnia levaram o Departamento de Segurança de Hong Kong a atualizar, também na segunda-feira, os alertas de viagem para os Estados Unidos.
"Desde o início de junho de 2025, têm ocorrido protestos e tumultos em várias cidades, incluindo Los Angeles, resultando em confrontos violentos e em feridos", refere o alerta.
Também na segunda-feira, a China aconselhou os chineses que vivem em Los Angeles a "permanecerem extremamente vigilantes, reforçarem as precauções (...) e evitarem locais de aglomeração, áreas lotadas ou locais com fraca segurança pública".
O consulado chinês em Los Angeles também desaconselhou "sair à noite ou viajar sozinho".
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou na segunda-feira mais dois mil soldados da Guarda Nacional da Califórnia e 700 fuzileiros para Los Angeles, elevando para quase cinco mil o número total de militares mobilizados naquela área metropolitana.
A informação foi comunicada pelo governador democrata do estado da Califórnia, Gavin Newsom, depois de alegadamente ter sido informado pela Casa Branca.
Trump começou por anunciar no passado sábado o envio de dois mil membros da Guarda Nacional da Califórnia, sem a aprovação do governador, que é o comandante-chefe destas tropas no estado, na primeira vez em 60 anos que o executivo norte-americano se impõe desta forma.
O procurador da Califórnia, Rob Bonta, apresentou uma ação judicial contra a Administração Trump, alegando que a medida tomada pela Casa Branca configura "abuso da autoridade do governo federal e violou a Décima Emenda" da Constituição.
A presidente democrata da Câmara Municipal de Los Angeles, Karen Bass, garantiu que o perímetro dos confrontos se confina a "algumas ruas" do centro da cidade, mas segundo Trump, a metrópole californiana teria sido "varrida do mapa" se ele não tivesse decidido enviar a Guarda Nacional.
A afirmação do Presidente foi desmentida pelo procurador do distrito de Los Angeles, Nathan Hochman. "Não assistimos a nenhuma agitação civil em grande escala que exigisse dois mil guardas nacionais e 500 ou 700 soldados adicionais", afirmou em declarações ao canal NewsNation.
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