Trump declara controlo de protestos e não descarta enviar fuzileiros a LA

O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou hoje estarem "controlados" os protestos em Los Angeles contra as detenções de imigrantes, após colocar no terreno militares da Guarda Nacional, e sem descartar o envio de fuzileiros.

National Guard deployed by President Trump as anti-ICE protests continue in Los Angeles

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Lusa
09/06/2025 22:29 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Los Angeles

"Acho que temos tudo sob controlo. Acho que teria sido uma situação muito má. Estava a ir na direção errada. Agora está a ir na direção certa", declarou Trump, que enviou militares para a maior cidade da Califórnia apesar da oposição do governador deste estado, o democrata Gavin Newsom.

 

Questionado sobre um possível envio de fuzileiros para a cidade, o Presidente republicano não descartou a possibilidade.

"Veremos o que acontece", respondeu Trump, que tem trocado críticas com Newsom a propósito da gestão dos protestos.

Trump ordenou o envio de dois mil soldados da Guarda Nacional para reprimir protestos isolados na cidade, após dias intensos de rusgas contra a imigração ilegal.

No domingo algumas tropas foram enviadas para as instalações do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) localizadas no centro de Los Angeles.

Esta foi a primeira vez em 60 anos que um Presidente dos Estados Unidos mobilizou a Guarda Nacional de qualquer estado sem a autorização do governador responsável, que é o comandante chefe das forças militares estaduais.

O governador acusou o executivo de Trump de criar um "espetáculo" e semear o "caos" com as detenções de imigrantes pelo ICE na Califórnia desde sexta-feira.

"Falem alto. Permaneçam pacíficos. Mantenham a calma. Não usem a violência e respeitem os agentes da autoridade que estão a fazer o seu melhor para manter a paz", acrescentou Newsom.

Dirigindo-se a Tom Homan, o principal conselheiro de imigração de Donald Trump e arquiteto da sua política de deportação em massa de imigrantes ilegais, Newsom desafiou-o no domingo a prendê-lo por não obedecer ao governo federal.

Questionado hoje à chegada à Casa Branca sobre estas declarações, Donald Trump respondeu: "Eu faria isso se fosse o Tom [Homan]", acrescendo que "seria ótimo, [o governador] fez um trabalho horrível".

Logo de seguida, Gavin Newsom ripostou na rede X, condenando: "O Presidente dos Estados Unidos acaba de pedir a prisão de um governador em exercício", numa linha que "não pode ser ultrapassada como nação" e num "um passo inegável em direção ao autoritarismo".

Não é possível distinguir se os comentários de Donald Trump em relação a este caso são puramente provocatórios ou se sinalizam uma intenção genuína.

Nos últimos dias, o Presidente republicano intensificou os ataques contra Gavin Newsom, considerado uma esperança para o seu partido nas eleições presidenciais de 2028, enquanto Los Angeles foi abalada pelos confrontos entre as autoridades policiais e os manifestantes contrários à política de imigração do Governo.

O procurador-geral da Califórnia e Gavin Newson anunciaram hoje que "estão a processar Donald Trump" e a pedir ao tribunal que anule a ação do Presidente de "federalizar a Guarda Nacional da Califórnia".

As autoridades estaduais vão pedir uma ordem de restrição para interromper a mobilização, numa ação que, segundo o procurador, será apresentada ainda hoje.

Na rede X, o governador acusou Trump de fabricar uma crise, que "está a criar medo e terror para assumir o controlo de uma milícia estadual e violar a Constituição" dos Estados Unidos.

"Qualquer governador --- republicano ou democrata --- deveria rejeitar este exagero ultrajante", criticou.

Leia Também: Detenções, "atos ilegais" e "excelente" mobilização: Que se passa em LA?

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