Pesca em Moçambique? Espera-se novo recorde de mais de 548 mil toneladas

O governo moçambicano espera um crescimento de 8% na atividade de pesca no país este ano, para mais de 548 mil toneladas, impulsionada pelo setor artesanal, segundo dados oficiais consultados pela Lusa.

Moçambique cresce 3,8% este ano e abranda para 3,5% em 2018 - Standard Bank

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Lusa
04/06/2025 09:12 ‧ há 2 dias por Lusa

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De acordo com um relatório do governo com as previsões para 2025 no setor, a pesca artesanal deverá voltar renovar o recorde de produção, crescendo 7% face ao ano anterior, para 514.204 toneladas, incluindo 9.636 toneladas de tubarão.

 

Já a pesca comercial deverá crescer 20%, para 23.587 toneladas, incluindo 6.436 toneladas de kapenta, uma pequena sardinha de água doce, enquanto na aquacultura está previsto um crescimento de 5%, para 10.298 toneladas, entre produção industrial e de pequena escala, em todo o país.

A produção pesqueira em Moçambique já tinha crescido 3% em 2024, para 508.808 toneladas, impulsionada pela atividade comercial, mas falhou a meta, segundo dados da execução orçamental noticiados anteriormente pela Lusa.

De acordo com o relatório do governo , com a execução orçamental de 2024, a meta para a pesca e aquacultura para todo o ano era de 522.671 toneladas, a qual foi concretizada em 97%, tendo ainda assim crescido face às 493.088 toneladas de 2023.

A pesca artesanal continua a representar o grosso da volume anual em Moçambique e envolvia quase 400 mil pessoas e mais de 42 mil embarcações, em águas interiores e marítimas, segundo o censo de 2022, divulgado no ano passado.

De acordo com os dados finais do Censo da Pesca Artesanal e Aquacultura (CEPAA 2022), o levantamento cobriu "todas as áreas territoriais das águas marítimas e do interior", com "exceção de algumas zonas da província de Cabo Delgado, por razões de insegurança", alargado ao subsetor da aquacultura pela primeira vez.

O levantamento, que envolveu o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas e o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura, entre outros parceiros, cobriu 1.600 centros de pesca em todo o país, dos quais 889 nas águas interiores e 711 nas águas marítimas.

O censo permitiu identificar 397.688 pessoas envolvidas na pesca artesanal, incluindo 110.518 pescadores operando com embarcação, 164.439 pescadores exercendo sem embarcação e 122.731 profissionais em outras "atividades ao longo da cadeia de valor da pesca artesanal, com destaque, para carpinteiros e mecânicos navais, redeiros, processadores e comerciantes de pescado".

O levantamento refere igualmente que foram registadas 42.723 embarcações, das quais 1.986 motorizadas.

"As embarcações são, na sua maioria, do tipo canoas de tronco escavado (54,4%), que estão maioritariamente concentradas nas províncias de Tete e Zambézia, seguidas de canoas do tipo moma (16,4%)", descreve.

Relativamente à aquacultura, o censo de 2022 concluiu pelo registo de 21.751 operadores, dos quais 12.899 são proprietários de unidades aquícolas, entre singulares e associados, contando com 8.852 trabalhadores, dos quais 31,8% mulheres.

A atividade aquícola no país, de acordo com o tipo, "é maioritariamente de subsistência", equivalente a 42,9%, e artesanal, 46,79%, sendo o remanescente, "menos de 10,1%", enquadrado no semi-industrial, industrial, experimental, de investigação e treino e formação.

O CEPAA recenseou 11.413 unidades de produção de aquicultura, das quais 10.518 tanques.

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