Segundo o jornal japonês, que cita fontes da embaixada do Japão em Pequim, a polícia deteve já um suspeito de nacionalidade chinesa.
As duas vítimas eram do sexo masculino.
O consulado-geral do Japão na cidade vizinha de Shenyang foi informado pelas autoridades chinesas, a 25 de maio, que os dois cidadãos tinham sido assassinados, tendo sido apontada uma "disputa comercial" como motivação do crime.
O incidente segue-se ao esfaqueamento fatal de um estudante japonês de 10 anos em Shenzhen, no sudeste da China, em setembro, e a um ataque, também com faca, em junho do ano passado, numa paragem de autocarro de uma escola japonesa em Suzhou, no leste da China, em que uma mulher chinesa foi morta e uma mãe e uma criança japonesas ficaram feridas.
Dois cidadãos chineses condenados pelos esfaqueamentos fatais em Shenzhen e Suzhou foram executados no início deste ano.
Estes casos suscitaram preocupações quanto ao aumento do sentimento contra o Japão no país vizinho. Tóquio pediu a Pequim que garantisse a segurança dos seus cidadãos na China.
A morte do rapaz japonês em Shenzhen coincidiu com o dia em que se comemorava o "Incidente de Mukden" ou "Incidente de 918", um acontecimento histórico que marcou o início da invasão japonesa da China em 1931, uma data particularmente sensível nas relações entre os dois países.
O dia 18 de setembro é conhecido como o 'Dia da Humilhação' na República Popular da China.
As relações entre os dois países deterioraram-se nos últimos anos, à medida que a China se tornou mais assertiva nas disputas territoriais na região e que o Japão reforçou os laços de segurança com os Estados Unidos e os seus aliados.
Uma fonte governamental japonesa afirmou, no entanto, que os assassinatos em Dalian foram motivados por "um rancor relacionado com negócios" e que "não tiveram motivações políticas, nem foram desencadeados por sentimento anti-Japão".
[Notícia atualizada às 06h24]
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