Síria. Governo aceita dar à AIEA acesso a alegadas instalações nucleares

O novo Governo sírio concordou em dar aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) acesso imediato a alegadas antigas instalações nucleares, adiantou hoje o responsável do organismo de supervisão das Nações Unidas.

Rafael Mariano Grossi diretor da Agência Internacional de Energia Atómica

© Getty Images

Lusa
04/06/2025 22:56 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Síria

O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, referiu numa entrevista à agência Associated Press (AP) em Damasco, onde se encontrou com o Presidente Ahmad al-Sharaa e outras autoridades, que o novo responsável também manifestou interesse em procurar energia nuclear para a Síria no futuro.

 

O objetivo da agência é "trazer total clareza sobre certas atividades que ocorreram no passado e que, a seu ver, estavam provavelmente relacionadas com armas nucleares", apontou Grossi.

Uma equipa da AIEA visitou alguns locais de interesse em 2024, enquanto o ex-presidente Bashar al-Assad ainda estava no poder.

Desde a queda de Assad, em dezembro, a AIEA procura restaurar o acesso aos locais associados ao programa nuclear da Síria.

Grossi descreveu o novo governo como "comprometido em abrir-se ao mundo para a cooperação internacional" e disse estar esperançado em concluir o processo de inspeção dentro de alguns meses.

Após quase 14 anos de guerra na Síria, grupos armados liderados pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) - anteriormente afiliada ao grupo terrorista Al-Qaida - tomaram Damasco em 08 de dezembro e depuseram o Presidente Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia.

Desde 2011, a UE e os seus Estados-membros - os principais doadores de ajuda a nível mundial - mobilizaram cerca de 37 mil milhões de euros em ajuda humanitária, ao desenvolvimento, à economia e à estabilização da crise síria.

Estima-se que os anos de conflito na Síria tenham levado à deslocação de cerca de metade da população, tanto dentro como fora do país, e que o número de pessoas que necessitam de assistência humanitária tenha chegado aos 16,7 milhões de pessoas em 2024, um máximo histórico desde o início da crise em 2011.

Leia Também: Governo e grupos armados fazem mais de mil detenções arbitrárias na Síria

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