"O Japão vai acompanhar de perto o conteúdo específico da medida a ser revelada. Consideramos esta série de medidas tarifárias extremamente lamentáveis e insistimos na sua revisão", disse hoje o porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, numa conferência de imprensa.
A reação do Japão surge depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado, na sexta-feira, a subida de 50% nas tarifas, antecipando "mais uma grande sacudidela de grandes notícias para os maravilhosos trabalhadores" da indústria norte-americana.
"É uma grande honra aumentar as tarifas sobre o aço e o alumínio de 25% para 50%, a partir de quarta-feira, 04 de junho. As nossas indústrias do aço e do alumínio estão a regressar como nunca antes", escreveu o Presidente na sua rede social, Truth Social.
O anúncio do inquilino da Casa Branca surgiu no dia seguinte a um tribunal de recurso norte-americano ter levantado o bloqueio imposto dois dias antes pelo Tribunal de Comércio Internacional - um tribunal dos EUA exclusivamente dedicado ao comércio - a grande parte da política tarifária de Trump sobre as importações de numerosos países, concluindo que o Presidente ultrapassou a sua autoridade ao assumir competências que a Constituição norte-americana confere exclusivamente ao Congresso.
Em todo o caso, o bloqueio não teria afetado as taxas sobre o aço, mas sim as anunciadas a 02 de abril, que consistem numa tarifa global de 10% imposta a praticamente todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Tóquio anunciou hoje que o ministro da Economia, Comércio e Indústria, Finanças e Revitalização, Ryosei Akazawa, visitará Washington entre 05 a 08 deste mês para realizar a quinta ronda de reuniões ministeriais das negociações pautais Japão-Estados Unidos.
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