Anteriormente, Ajith Sunghay, chefe do Escritório de Direitos Humanos da ONU para os Territórios Palestinianos, disse que 47 pessoas tinham sido feridas quando a multidão invadiu um centro de distribuição de ajuda humanitária.
Um jornalista da agência de notícias Associated Press (AP) ouviu disparos de tanques e armas israelitas e viu um helicóptero militar a disparar sinalizadores.
Na terça-feira, uma multidão de palestinianos rompeu uma vedação e invadiu um novo centro de distribuição de ajuda humanitária criado por uma fundação apoiada por Israel e pelos Estados Unidos.
O centro de distribuição nos arredores da cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, foi inaugurado na segunda-feira pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), registada nos Estados Unidos, que foi designada por Israel para assumir as operações de ajuda humanitária.
A fundação afirmou que os seus seguranças militares privados não dispararam contra a multidão, tendo recuado antes de retomar as operações de ajuda humanitária. Israel afirmou que as suas tropas próximas dispararam tiros de aviso.
A ONU e outras organizações humanitárias rejeitaram o novo sistema, alegando que não será capaz de satisfazer as necessidades dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza e permite que Israel utilize os alimentos como arma para controlar a população. Alertaram ainda para o risco de atrito entre as tropas israelitas e as pessoas que procuram mantimentos.
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