As declarações de Prabowo foram feitas hoje após um encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron, em Jacarta.
O chefe de Estado da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, disse que a solução de dois Estados e a liberdade da Palestina são o único caminho para a paz, acrescentado que Jacarta admite estabelecer relações diplomáticas assim que Israel reconhecer a Palestina.
A Indonésia não mantém relações diplomáticas com Israel.
Por outro lado, a França e a Indonésia pediram hoje para que sejam alcançados progressos na conferência das Nações Unidas, em junho, e que vai debater o conflito entra Israel e a Palestina e a guerra em Gaza.
A França, que vai copresidir a conferência da ONU, e a Indonésia, o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo demonstraram hoje que a reunião diplomática deve incentivar "dinâmicas" no sentido do reconhecimento do Estado da Palestina por todos os países, "com garantias de segurança para todos".
O apoio à causa palestiniana é constante na Indonésia sendo que a questão é frequentemente motivo de manifestações de solidariedade.
Em 2023, a FIFA (Federação Internacional de Futebol) retirou a candidatura da Indonésia à organização do Campeonato do Mundo de Sub-20, depois de alguns políticos indonésios terem apelado à exclusão de Israel do torneio recusando previamente receber a seleção nacional israelita.
Depois de chegar a Jacarta na terça-feira à noite, vindo do Vietname, o Presidente francês foi recebido pelo seu homólogo Prabowo Subianto, no palácio presidencial Merdeka, em Jakarta.
"A nossa parceria em todos os domínios - defesa e segurança, economia, cultura - já é forte, mas estamos a reforçá-la", disse Macron a Prabowo.
No Vietname, no início da viagem de seis dias à Ásia e que termina na sexta-feira em Singapura, Emmanuel Macron apresentou a França como uma potência de paz e de equilíbrio, preocupada com uma ordem internacional baseada no Estado de direito.
O chefe de Estado da Indonésia, Prabowo Subianto, 73 anos, general na reserva, foi casado com uma filha do ditador Shuarto (1921-2008) e foi chefe das forças especiais indonésias durante a ocupação indonésia de Timor-Leste, nos anos 1970 e 1980.
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