Pelo menos 75 civis mortos em confrontos desde fevereiro no Sudão do Sul

Confrontos entre o exército do Sudão do Sul e o braço armado do partido do rival do Presidente mataram desde fevereiro pelo menos 75 civis e feriram 78, disse hoje o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos.

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Lusa
23/05/2025 11:55 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

ONU

O Sudão do Sul, o Estado mais jovem do mundo - que conquistou a independência do Sudão em 2011, destruído por uma violenta guerra civil entre 2013 e 2018 que causou cerca de 400.000 mortos e quatro milhões de deslocados -, assinou depois um acordo de partilha de poder entre as partes em conflito que permitiu uma paz precária.

 

Mas, durante vários meses, confrontos violentos colocaram o campo do Presidente, Salva Kiir, contra o do seu vice-Presidente, Riek Machar, preso em março.

"Pelo menos 75 civis foram mortos e 78 ficaram feridos desde fevereiro", afirmou hoje Volker Türk em comunicado, referindo que houve uma intensificação das hostilidades entre 03 e 20 de maio.

Durante este período houve relatos de bombardeamentos aéreos indiscriminados e ofensivas pelas vias fluviais e terrestres do exército sul-sudanês contra posições mantidas pelo braço armado do partido de Riek Machar (SPLA-IO) em condados dos estados de Jonglei e Alto Nilo.

"Áreas civis também foram atingidas, incluindo um centro médico administrado pelos Médicos Sem Fronteiras", denunciou, acrescentando que a contraofensiva do SPLA-IO também causou novos deslocamentos de civis.

De acordo com uma estimativa da ONU de meados de abril, cerca de 125.000 pessoas foram deslocadas desde que os conflitos se intensificaram entre as duas partes.

Dezenas de políticos da oposição ligados ao Movimento de Libertação do Povo do Sudão (SPLM-IO) foram detidos, incluindo o vice-Presidente, ministros, membros do parlamento e oficiais do exército, bem como civis, de acordo com Türk, "preocupado com a natureza arbitrária de muitas detenções".

A escalada das hostilidades no Sudão do Sul "corre o risco de agravar ainda mais a já desastrosa situação humanitária e de direitos humanos", acrescentou, denunciando um aumento do discurso de ódio desde fevereiro.

"Peço a todas as partes que respeitem o acordo de paz de 2018, garantam a proteção de civis e bens de civis e facilitem o acesso humanitário, de acordo com suas obrigações sob o direito internacional", acrescentou.

Leia Também: Refugiados do Sudão do Sul em risco de crise sanitária

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