O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, participa na reunião, que é encabeçada pela Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também vai participar no encontro, como convidado, uma vez que 23 dos 32 países da organização político-militar são Estados-membros da UE.
A reunião vai começar uma atualização sobre a guerra na Ucrânia, com o homólogo ucraniano, Andrii Sybih, por videoconferência.
É expectável a adoção do 17.º pacote de sanções à Rússia.
Este novo pacote irá focar-se, entre outros aspetos, nas chamadas "atividades híbridas" de Moscovo.
Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantia que o bloco comunitário ia "continuar a pressionar o Kremlin (presidência russa)" e que a aprovação do 17.º pacote de sanções ia "restringir ainda mais o acesso à tecnologia no campo de batalha".
O encontro em Bruxelas acontece um dia depois de contactos telefónicos, mantidos de forma separada, pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, com os homólogos ucraniano e russo, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, respetivamente, para abordar um potencial acordo de paz.
Os governantes com a pasta da diplomacia do bloco político-económico irão abordar ainda os "últimos desenvolvimentos" no Médio Oriente, nomeadamente o bloqueio de Israel à entrada de alimentos e de outros itens de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Numa altura em que Israel intensificou a ofensiva militar contra o enclave palestiniano, controlado pelo grupo extremista Hamas desde 2007, são várias as vozes internacionais que têm alertado para o cenário de fome vivido no pequeno território.
Foi o caso do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que afirmou que dois milhões de pessoas estão a passar fome na Faixa de Gaza, onde a escassez de alimentos aumentou devido ao bloqueio israelita à ajuda humanitária.
Na segunda-feira, em Londres, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que o direito internacional está a ser "sistematicamente violado" em Gaza, onde uma população inteira é alvo de um "uso desproporcionado da força" por parte de Israel.
Já no sábado, António Costa tinha pedido o fim do bloqueio israelita e denunciou uma "tragédia humanitária".
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