Hamas pede pressão dos EUA a Israel para terminar bloqueio de Gaza

O grupo islamita palestiniano Hamas pediu hoje aos Estados Unidos (EUA) que pressionem Israel para suspender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, conforme acordado na libertação de um refém israelo-americano no início da semana.

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Lusa
16/05/2025 18:28 ‧ há 5 horas por Lusa

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Médio Oriente

Segundo fonte do Hamas citada pela agência France-Presse (AFP), o grupo palestiniano "espera que o Governo dos EUA exerça mais pressão sobre [Israel] para abrir as passagens e permitir a entrada de ajuda humanitária, alimentar e médica de imediato" na Faixa de Gaza.

 

"A introdução de ajuda é um direito natural do nosso povo palestiniano em Gaza e faz também parte dos acordos com os emissários norte-americanos (...) após a libertação [na segunda-feira] de Edan Alexander", acrescentou Taher al-Nounou à AFP.

O Hamas acusou hoje o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de "continuar a cometer genocídio" depois de bombardeamentos israelitas terem matado dezenas de pessoas na Faixa de Gaza nos últimos dias, segundo as autoridades de saúde do território.

"O crescente massacre de civis pela ocupação representa a insistência do Governo de Netanyahu em continuar a cometer genocídio em Gaza, desrespeitando a lei ou as ferramentas de justiça e responsabilização internacionais", acusou numa declaração divulgada na plataforma Telegram.

A Faixa de Gaza sofreu praticamente três dias consecutivos de intensas vagas de ataques aéreos israelitas, atingindo todas as partes do enclave palestiniano, controlado pelo Hamas desde 2007.

A Defesa Civil da Faixa de Gaza contabilizou mais de 100 habitantes mortos em ataques israelitas, a maioria no norte nas últimas horas.

"O inimigo sionista criminoso continua a sua escalada sangrenta contra o nosso povo palestiniano na Faixa de Gaza, através de sucessivos massacres e bombardeamentos brutais, empregando uma política de terra queimada e bombardeamentos intensivos", acrescentou o Hamas.

Além disso, o grupo palestiniano sublinhou que muitos destes ataques estão a ocorrer "em bairros residenciais, campos de refugiados, hospitais, mesquitas e abrigos" para "forçar a rendição do povo" do enclave.

"Esta é uma cena que reflete um fracasso político, moral e humanitário sem precedentes", disse o Hamas, que critica à inação das Nações Unidas, apontando em concreto para o Conselho de Segurança da ONU.

Israel bloqueia desde 02 de março o acesso da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, dias antes de ter quebrado o cessar-fogo que estava em vigor há cerca de dois meses.

Em 05 de maio, Israel anunciou um plano de conquista do território palestiniano, que inclui uma deslocação em massa da população, suscitando palavras de condenação em todo o mundo.

O conflito em Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou cerca de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de milhares de pessoas.

As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais para uma nova suspensão das hostilidades e a libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a qualquer acordo.

Leia Também: Associação israelita pede esforços para libertação dos reféns em Gaza

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