Um observador russo e co-fundador da organização Golos, Grigori Melkoniants, foi condenado a cinco anos de prisão por um tribunal russo, na quarta-feira, após ter acusado o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de fraude nas eleições presidenciais de 2024.
De acordo com a Europa Press, a juíza considerou que Melkoniants era culpado, uma vez que fazia parte de uma "organização indesejável", segundo as leis russas, tendo em conta que trabalhava para a Rede Europa de Organizações de Observação Eleitoral (ENEMO), uma ONG com sede em Montenegro e que se encontra na 'lista negra' das autoridades russas há quatro anos.
Grigori Melkoniants foi também proibido de "participar em atividades públicas" do país, durante um período de nove anos, quando sair da prisão, escreve o The Mosscow Times, citado pela agência de notícias espanhola.
O observador russo foi detido em agosto de 2023 e, por isso, o tempo que esteve na prisão até agora será contabilizado na pena. Após ter conhecido a sentença, Melkoniants revelou "não estar preocupado", sendo que o seu advogado apresentará um recurso ao tribunal.
A Amnistia Internacional rejeita a condenação e sublinhou que "era um ataque ao ativismo pacífico".
"Melkoniants não cometeu nenhum crime. O seu único crime foi querer defender o direito a umas eleições livres e justas na Rússia. Isto não é mais que uma campanha motivada politicamente contra o ativista", disse a diretora da organização para a Europa Central e Oriental, Marie Struthers, tendo instado a que a comunidade internacional a não ficar em silêncio.
Leia Também: Zelensky participa na cimeira da Comunidade Política Europeia em Tirana