"A NATO e a Estónia estão em contacto próximo e a coordenar-se para garantir que sabemos exatamente o que está a acontecer", disse Rutte numa conferência de imprensa em Antalya, na Turquia, onde está a decorrer uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, denunciou hoje a violação do espaço aéreo da NATO por um caça russo no âmbito da deteção de um "navio fantasma" em águas económicas da Estónia.
O chefe da diplomacia estónia acrescentou que a Rússia confirma, desta forma, os seus laços com a chamada "frota fantasma" (uma expressão que designa os navios que transportam petróleo bruto e produtos petrolíferos russos), bem como o seu empenho para a proteger.
Tsahkna explicou que há alguns dias Tallinn detetou um navio a navegar sem bandeira e respondeu "apropriadamente", com a Marinha da Estónia a escoltá-lo para inspeção.
Era um "típico navio da frota fantasma", sem seguro e sem bandeira, disse o ministro.
"Mas o que é diferente e importante é que a Federação Russa enviou um caça para verificar a situação e este caça violou o território da NATO durante um minuto", destacou Margus Tsahkna.
Por sua vez, um caça da NATO aproximou-se para inspecionar o avião russo, acrescentou o ministro.
Mark Rutte disse que muitos incidentes deste tipo têm sido detetados naquela área "entre os últimos seis e 12 meses" e referiu que a Aliança está a trabalhar para defender esta parte do seu território com o policiamento aéreo do Báltico, mas também com uma missão militar lançada em janeiro para proteger as infraestruturas submarinas.
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