A União Democrata-Cristã (CDU) e o partido irmão na Baviera, CSU, vencedores das eleições do passado mês de fevereiro, já anunciaram os nomes dos seus 10 ministros que irão fazer parte do novo executivo.
O Partido Social-Democrata (SPD), que fará parte da coligação governamental, só irá anunciar a lista final dos escolhidos na segunda-feira, 05 de maio.
Lars Klingbeil, co-líder do SPD desde 2021 e antigo secretário-geral do partido, ficará com um dos principais ministérios, o das Finanças, que acumula com o cargo de vice-chanceler. Apesar do pior resultado histórico dos sociais-democratas nas últimas votações, o político de 47 anos tornou-se a figura central no partido conseguindo marcar posição durante as negociações para a coligação que formará o novo Governo.
Este é para já o único nome do SPD conhecido, sabendo-se que o partido do ainda chanceler Olaf Scholz assumirá as pastas da Defesa, Trabalho e Assuntos Sociais, Justiça e Proteção ao Consumidor, Meio Ambiente, Proteção Climática, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear, Cooperação e Desenvolvimento Económico, Habitação, Desenvolvimento Urbano e Construção.
Thorsten Frei, um dos principais aliados do futuro chanceler, Friedrich Merz, será o próximo ministro da Chancelaria. É membro do Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão) desde 2013 e ficou mais conhecido por pedir a abolição do direito individual de asilo e substituí-lo por uma solução de quotas. Terá um trabalho de bastidores para tentar garantir opções governamentais tranquilas e manter o contacto com os estados federais.
Uma das surpresas chega com o nome da nova ministra da Economia e Energia, Katherina Reiche, da CDU. Formada em química, entrou para o Bundestag aos 25 anos, e depois de dois mandatos como secretária de Estado, ingressou no setor privado. Tem sido, nos últimos anos, diretora executiva da fornecedora de energia Westenergie tendo em comum com Merz uma longa pausa na carreira política.
Alexander Dobrindt, da CSU, ocupará o Ministério do Interior e é conhecido por defender opções muito conservadoras e uma política de "lei e ordem".
A pasta dos Negócios Estrangeiros será ocupada por Johann Wadephul, da CDU, especialista em segurança e relações exteriores, advogado e ex-soldado. É membro do parlamento alemão desde 2009 e é considerado um confidente de Friedrich Merz. É vice-presidente do grupo parlamentar da CDU/CSU e, desde o ano passado, vice-presidente da Assembleia Parlamentar da NATO.
O independente Karsten Wildberger é o escolhido para assumir o recém-criado departamento de digitalização e modernização do Estado. É atualmente o diretor executivo do Ceconomy Group e presidente do conselho de administração da Media-Saturn Holding, já tendo passado por empresas como a T-Mobile ou a Vodafone.
Para os Transportes, a CDU escolheu Patrick Schnieder e Karin Prien irá liderar a pasta da Educação e Família. O nome apontado para a Saúde, Nina Warken, também foi uma surpresa por ser relativamente desconhecida do público.
A CSU apontou ainda Dotothee Bär para o Ministério da Investigação, Tecnologia e Espaço e Alois Rainer para a Agricultura.
Pela primeira vez, o governo federal terá um ministro do Desporto e Voluntariado que será ocupado por Christiane Schenderlei. A filósofa tem experiência com o tema do voluntariado, mas é relativamente desconhecida dos especialistas e dirigentes desportivos.
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