Partido de Farage elege deputado e lidera nas eleições locais britânicas

O Partido Reformista ganhou a eleição parlamentar parcial de Runcorn e Helsby, no noroeste de Inglaterra, ao Partido Trabalhista por seis votos e está à frente nos resultados iniciais das eleições locais de quinta-feira.

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Lusa
02/05/2025 09:51 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Reino Unido

Sarah Pochin, do Partido Reformista, partido de direita radical anti-imigração, foi declarada vencedora, derrotando a Trabalhista Karen Shore, que tinha como missão manter um assento ganho pelo 'Labour' em julho com 53% dos votos. 

 

O antecessor Mike Amesbury foi forçado a demitir-se depois de ter sido condenado a 10 semanas de prisão por ter esmurrado um eleitor em outubro passado.

No final da segunda contagem, Pochin e Shore ficaram empatadas com 38,7% dos votos, mas com uma diferença de seis votos. 

O líder do Partido Reformista, Nigel Farage, considerou este "um momento muito, muito importante" para a política britânica que mostra que não são "um partido de protesto, embora haja muito para protestar".

Com este triunfo, o Partido Reformista passa a ter cinco deputados na Câmara dos Comuns. Rupert Lowe, eleto no ano passado, foi suspenso recentemente após criticar Farage. 

Os resultados provisórios das eleições locais apontam também para uma vantagem para o Reform UK, que já garantiu a presidência (mayor) da região de Greater Lincolnshire e está em vantagem em Staffordshire e em Northumberland.

O Partido Trabalhista reteve a presidência das três regiões de Norte de Tyneside, Oeste de Inglaterra e Doncaster, mas sempre com os reformistas por perto.

O Partido Conservador é a principal vítima do avanço do partido de Farage, cujo ativismo contribuiu para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), processo conhecido por 'Brexit'.

O principal partido da oposição tinha a maioria dos cerca de 1.650 lugares de deputados municipais (councillor) que foram a votos em 24 das 317 autarquias inglesas.

Embora o governo do Partido Trabalhista não esteja em causa, estas eleições são consideradas uma forma de medir a opinião pública apenas 10 meses depois da vitória com maioria absoluta nas legislativas de 2024.

O sistema eleitoral britânico favorece os grandes partidos, e os trabalhistas obtiveram uma esmagadora maioria absoluta em julho, mas com apenas 33,7% dos votos. 

Esta foi a percentagem mais baixa de um partido a ganhar uma eleição geral desde a Segunda Guerra Mundial.

Segundo as sondagens de opinião, os britânicos estão cada vez mais desiludidos com os dois principais partidos, preocupados com a falta de crescimento económico, com a imigração ilegal e com a deterioração dos serviços públicos.

Estas eleições locais são também um teste para a líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, que assumiu as rédeas no final do ano passado, após a derrota nas eleições legislativas.

O politólogo John Curtice, da Universidade de Strathclyde, afirmou na BBC que os resultados mostram que a política no Reino Unido está a fragmentar-se e que "os reformistas representam agora uma grande ameaça tanto para os conservadores como para os trabalhistas".

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