Tarifas? China considera estar do "lado certo da História"

Um alto funcionário do Governo chinês disse hoje que Pequim está "do lado certo da História" na guerra comercial lançada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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© Nano Calvo/VW Pics/Universal Images Group via Getty Images

Lusa
28/04/2025 12:11 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Tarifas

Desde que regressou à Casa Branca em janeiro passado, Trump impôs tarifas de pelo menos 10% sobre a maioria dos parceiros comerciais dos EUA e uma sobretaxa separada de 145% sobre os produtos chineses.

 

Pequim retaliou com a sua própria sobretaxa de 125% sobre os produtos norte-americanos.

"A China está do lado da esmagadora maioria dos países do mundo, do lado certo da História e do progresso humano", afirmou Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planeamento económico da China, numa conferência de imprensa, em Pequim.

Zhao Chenxin e vários altos funcionários de diferentes ministérios chineses prometeram que Pequim vai tomar mais medidas para impulsionar a economia e o consumo interno, visando mitigar os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos.

"Estamos convencidos de que opormo-nos ao mundo e à verdade só conduz ao isolamento. Só avançando de mãos dadas com a comunidade mundial e defendendo a moralidade e a justiça é que poderemos construir o futuro", sublinhou Zhao.

Os Estados Unidos "praticam a intimidação e a hegemonia, renegando constantemente os seus compromissos", denunciou.

No domingo, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, defendeu a política tarifária de Donald Trump, que está a perturbar a economia mundial, considerando-a como uma forma de criar "incerteza estratégica" para dar vantagem a Washington.

Instado hoje a responder a estes comentários, Guo Jiakun, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, afirmou que os Estados Unidos devem "conduzir o diálogo com a China com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo".

"Se os Estados Unidos querem realmente resolver o problema através do diálogo e da negociação, devem deixar de ameaçar e chantagear", disse Guo, em conferência de imprensa.

Pequim prometeu travar a guerra comercial "até ao fim" se Washington continuar com as suas medidas protecionistas.

No entanto, a China reconheceu hoje que a tempestade comercial desencadeada por Donald Trump está a ter um impacto na sua economia, que continua fortemente dependente das exportações.

"Embora a economia [nacional] continue a recuperar, as bases para uma melhoria sustentável exigem um maior reforço face às crescentes pressões externas", disse Yu Jiadong, vice-ministro dos recursos humanos, em conferência de imprensa.

"A imposição sucessiva de taxas exorbitantes por parte dos Estados Unidos criou dificuldades de produção e de funcionamento a algumas empresas exportadoras e afetou o emprego de alguns trabalhadores", sublinhou.

Leia Também: Tarifas? China contradiz Trump e nega chamadas recentes com Xi Jinping

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