NATO e Turquia discutem garantias de segurança em momento de incerteza

O secretário-geral da NATO e o presidente da Turquia discutiram hoje as garantias de segurança exigidas pela Ucrânia, numa altura em que Washington avança para negociações de paz com Moscovo excluindo os aliados europeus.

mark rutte, nato

© FRANCOIS WALSCHAERTS/AFP via Getty Images

Lusa
18/02/2025 17:34 ‧ 18/02/2025 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Tive uma boa conversa com Recep Tayyip Erdogan hoje. Abordámos as garantias de segurança para a Ucrânia e a necessidade de os aliados aumentarem a sua despesa em defesa para corresponderem a este momento da segurança da Europa", escreveu Mark Rutte nas redes sociais.

 

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) está a atravessar um início de mandato atribulado, alimentado pela incerteza sobre a ação dos Estados Unidos da América (EUA) em relação à Aliança Atlântica.

O presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, é crítico da NATO e ameaçou durante o seu primeira mandato abandonar a organização. Ainda não tinha tomado posse para o segundo mandato e já tinha tecido críticas à falta de investimento de vários países que integram a organização político-militar, por exemplo, Portugal, que só prevê atingir o mínimo de 2% do Produto Interno Bruto em defesa no final da década.

Recentemente, Washington anunciou contactos com Moscovo para solucionar o conflito na Ucrânia, mas a conversa entre Donald Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, parece ter decorrido sem atender às exigências feitas pela Ucrânia e em contracorrente da posição dos países da União Europeia (23 dos 27 Estados-membros também pertencem à NATO e são mais de metade dos países da Aliança Atlântica), de que um cessar-fogo e uma solução de paz duradoura só poderiam ocorrer atendendo às exigências ucranianas.

A Ucrânia exige a saída das tropas russas da totalidade do território ocupado desde 24 de fevereiro de 2022 e também da Crimeia (território ocupado em 2014) e a integração na NATO, para assegurar que Moscovo não repetirá a invasão.

No entanto, o secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, considerou que estas metas "são um objetivo irrealista", lançando a incerteza sobre o que a Casa Branca poderá decidir com o Kremlin.

Leia Também: "Direito soberano". Rússia aceita adesão de Ucrânia à UE mas não à NATO

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