As sanções serão aplicadas ao provedor Zservers - referido como 'BPH', sigla em inglês para impenetrável e à prova de bala - sedeado na Rússia, mas também a dois cidadãos russos pelas suas funções no apoio a ataques através de Lockbit.
O LockBit é o 'ransomware' -- 'software' malicioso usado para extorsão através de sequestro de dados digitais - mais recente que afetou empresas em todo o mundo.
"Como fornecedor de serviços BPH, a Zservers proporcionou aos cibercriminosos acesso a servidores especializados e outras infraestruturas informáticas concebidas para resistir às ações das autoridades", apontou o Departamento de Estado norte-americano, em comunicado hoje divulgado.
Os piratas informáticos e os cibercriminosos de todos os tipos contam com provedores como a Zservers para realizar os seus ataques, disse o subsecretário interino do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Bradley T. Smith, citado no comunicado.
Para os Estados que decidiram aplicar as sanções, a Rússia continua a oferecer "um porto seguro para os cibercriminosos", já que lhes é permitido lançar e apoiar ataques de 'ransomware' contra os Estados Unidos e os seus aliados e parceiros.
Os principais administradores desta empresa serão também alvo de sanções, por terem alegadamente facilitado o sequestro de dados e realizado outros tipos de ataques cibernéticos exigindo um resgate pelas informações roubadas.
Em causa estão os administradores Alexander Mishin e Aleksandr Bolshakov, mas também outros quatro funcionários da Zservers.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de ter construído "um Estado mafioso corrupto" movido "pela ganância e pela crueldade", pelo que "não é de estranhar" que atores tão sem escrúpulos estejam a agir desenfreadamente dentro das suas fronteiras.
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