"Ambos condenaram veementemente os cada vez maiores ataques russos que afetaram significativamente as condições operacionais da infraestrutura nuclear da Ucrânia", afirmou a Presidência francesa, no final da reunião no Palácio do Eliseu entre Macron e Grossi, diretor da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
Cinco dos nove reatores nucleares em funcionamento na Ucrânia tiveram hoje de reduzir a sua produção de energia, devido a novos ataques russos às infraestruturas energéticas ucranianas.
O chefe de Estado francês e o responsável da agência especializada da ONU manifestaram igualmente "preocupação" com as condições de segurança de Zaporíjia, "ilegalmente ocupada pela Rússia" em março de 2022, pouco depois da invasão do país vizinho, a 24 de fevereiro desse ano.
Tanto Macron como Grossi alertaram também para "a perigosa trajetória do programa nuclear iraniano, especialmente num contexto de grandes tensões regionais".
A AIEA condenou há uma semana que o Irão tenha começado a produzir em grande escala urânio enriquecido a 60%, um nível próximo dos 90% necessários para armas nucleares.
Tudo isto, em plena crise no Médio Oriente, com a queda do regime sírio de Bashar al-Assad, um aliado de Teerão, e as guerras em que Israel está envolvido na Faixa de Gaza e em parte do Líbano para combater os grupos islamitas Hamas e Hezbollah, respetivamente.
Macron exigiu ao Irão que coopere "totalmente" com a AIEA e recordou que deseja "uma solução diplomática".
O presidente francês e Grossi também foram unânimes em "condenar firmemente" o programa balístico e nuclear da Coreia do Norte.
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