Sobe para 40 o número de mortos nos ataques israelitas no leste do Líbano

Pelo menos 40 pessoas morreram hoje e outras 53 ficaram feridas, numa nova vaga de bombardeamentos israelitas na região de Baalbek-Hermel, no leste do Líbano, indicaram as autoridades libanesas num novo balanço.

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© Ed Ram/Getty Images

Lusa
06/11/2024 23:04 ‧ há 4 semanas por Lusa

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Médio Oriente

O governador desta região, Bachir Khodr, tinha referido através da rede social X que estas vítimas foram o resultado de "40 ataques aéreos" realizados pela aviação israelita contra Baalbek-Hermel, onde "os trabalhos de remoção de destroços se mantinham em mais do que um local atacado".

 

Segundo o Ministério da Saúde Pública libanês, que elevou o número de mortos para 40, o maior número de vítimas registou-se na localidade de Al Naseriya, perto da passagem fronteiriça de Masnaa, entre a Síria e o Líbano, onde morreram 16 pessoas e 17 ficaram feridas.

Da mesma forma, pelo menos nove pessoas morreram e outras quinze ficaram feridas num atentado bombista contra o bairro de Al Shaiqan, na histórica cidade de Baalbek, uma cidade que o Exército israelita ordenou evacuar em diversas ocasiões nos últimos dias.

O ministério registou ainda mortes e feridos em outras sete cidades: Tamnine al Tahta, Al Ram, Al Sharqi, Al Shawagir, Al Ain, Al Ansar, Balmira e Al Nasiriya.

A mesma fonte alertou também que as operações de resgate continuam em curso e que a busca por pessoas desaparecidas nos escombros continua.

Nas últimas semanas, Israel intensificou os bombardeamentos no leste do Líbano e nas zonas fronteiriças com a Síria - também em território sírio -, uma vez que o exército do Estado judaico alega que o grupo xiita libanês Hezbollah está a armazenar armas e munições na região leste.

Só no Líbano, desde o início dos confrontos entre Israel e o Hezbollah, a 08 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, foram mortas mais de 3.000 pessoas e deslocadas mais de 1,2 milhões.

No entanto, estima-se que cerca de 2.000 pessoas tenham sido mortas só desde 23 de setembro deste ano, quando o exército israelita lançou uma campanha de bombardeamentos maciços contra diferentes partes do Líbano e, uma semana depois, lançou uma ofensiva terrestre no sul.

Hoje, o novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o movimento tem dezenas de milhares de combatentes treinados para enfrentar o exército israelita, avisando que nenhum lugar em Israel está "a salvo" dos mísseis e 'drones' do grupo xiita pró-iraniano.

"Nenhum lugar na entidade israelita está fora do alcance dos [nossos] 'drones' e mísseis", acrescentou,  num discurso transmitido pela televisão, destinado a assinalar os 40 dias da eliminação do antigo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque israelita.

Na altura em que Qassem discursava na televisão, o exército israelita lançava um novo apelo aos habitantes dos subúrbios do sul de Beirute para deixarem duas zonas onde, garantia, ia efetuar ataques aéreos contra o Hezbollah.

Na sua intervenção na televisão, gravada antes do anúncio da vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o líder do Hezbollah defendeu também que um acordo de cessar-fogo não depende dos resultados do escrutínio.

As declarações de Qassem surgem depois de mais de um mês de guerra aberta com Israel, um aliado tradicional dos Estados Unidos.

Leia Também: Novos bombardeamentos israelitas causam 30 mortos no leste do Líbano

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