A missão diplomática iraniana nas Nações Unidas, em Nova Iorque, divulgou uma carta dirigida ao secretário-geral, António Guterres, e á presidência do Conselho de Segurança, exercida pela Suíça.
No texto, denuncia "uma declaração profundamente alarmante e provocadora feita pelo presidente dos Estardes Unidos, durante um encontro com a imprensa em Berlim", em 18 de outubro.
Questionado por jornalistas, Joe Biden tinha simplesmente respondido "sim e sim" à dupla questão de saber se sabia como e quando Israel iria ripostar aos ataques iranianos, feitos em 01 de outubro.
Em guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano, dois movimentos islamitas próximos de Teerão, Israel ameaçou, por diversas vezes, atacar o Irão em represália ao ataque deste com mísseis naquele dia.
Mas, por sua vez, este ataque tinha apresentado pelos dirigentes iranianos como uma resposta ao assassínio, no Líbano, do chefe Hezbollah, Hassan Nasrallah, durante uma operação israelita, e do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, imputado a Israel.
"Esta declaração incendiária [de Biden] é profundamente preocupante porque indica que os EUA aprovam de maneira tácita e apoiam explicitamente uma agressão militar de Israel contra o Irão", escreveu o embaixador iraniano, Amir Saied Iravani.
Leia Também: Israel afirma ter abatido comandante do Hezbollah em Damasco