"Não podemos aceitar uma paz falsa em Gaza ou na Ucrânia"

O presidente do Conselho Europeu pediu hoje que não se repita a guerra do Afeganistão, entre os Estados Unidos e os talibãs, ou se aceite uma "paz falsa" na Faixa de Gaza, no conflito entre Israel e Hamas.

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Lusa
08/05/2025 11:34 ‧ há 5 horas por Lusa

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Conselho Europeu

"Não podemos repetir o Afeganistão. Não podemos aceitar uma paz falsa em Gaza ou na Ucrânia", disse António Costa, no dia em que se assinala o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

 

Num discurso no Instituto Universitário Europeu, na cidade italiana de Florença, o presidente da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) vincou: "A Europa tem de continuar a apoiar a Ucrânia no sentido de uma paz justa, impressionante e duradoura, tal como estamos a apoiar a solução de dois Estados no Médio Oriente e estamos empenhados no projeto da Liga Árabe para reconstruir Gaza".

A posição surgiu no dia em que se assinala o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, dado que a 08 de maio de 1945 foi assinada a capitulação incondicional da Alemanha nazi para fim definitivo das hostilidades no continente europeu.

"A paz e a integração europeia caminham lado a lado. Não uma paz fria, não um cessar-fogo, não um ditame, a liberdade que constitui a base da vingança futura. Hoje, essa visão enfrenta os maiores testes de uma geração", acrescentou António Costa.

E lamentou: "Infelizmente, hoje, não podemos celebrar a paz em paz porque a guerra foi escrita no nosso continente sob a forma da agressão brutal da Rússia contra a Ucrânia".

"A paz, como vemos agora, nunca é uma condição permanente. Tem de ser continuamente reivindicada, não só com diplomacia, mas também com clareza, resiliência e a força necessária", argumentou.

Ao vincar que a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, em fevereiro de 2022, "transformou a mentalidade europeia de uma rutura geopolítica para a construção da Europa da defesa", António Costa admitiu tratar-se de um "teste à identidade da Europa".

"Temos de nos perguntar que tipo de Europa queremos ser: uma que goza aparentemente dos benefícios da paz do passado ou uma que assume a responsabilidade de construir a paz e emite ameaças reais", concluiu.

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