Moldova acolhe mais de 120.000 refugiados ucranianos

A Moldova acolhe atualmente 123.729 refugiados ucranianos, número que tem vindo a aumentar, ainda que a maioria dos que atravessam a fronteira se dirijam para outros países, segundo a agência de refugiados da ONU (ACNUR).

Chisinau, images of the capital of Italy of the Republic of Moldova which fears an attack from Russia. In the photo the building of the Moldovan Government. (Photo by: Alessandro Serrano'/AGF/Universal Images Group via Getty Images)

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Lusa
19/10/2024 16:30 ‧ 19/10/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Cerca de 43% são crianças, 38% são mulheres adultas e aproximadamente 18% são homens idosos", comentou à agência de notícias espanhola EFE a responsável pela comunicação da ACNUR Moldova, Mónica Vázquez.

 

Segundo a responsável, este número representa "quase 4% da população da Moldova", pelo que o número é "significativo", assim como o seu impacto num dos países mais pobres da Europa.

"A grande diferença é a proximidade da Moldova a todos os níveis, desde o Governo, à sociedade civil. O que os moldavos fizeram é extraordinário. Apesar dos desafios, não hesitaram em abrir as portas" aos refugiados do país vizinho, assegurou.

Embora tenham passado quase três anos desde o início da guerra, o número de refugiados não se tem reduzido, mas "aumentado de forma baixa, mas constante".

Metade dos refugiados ucranianos é proveniente da região de Odessa e o resto de Mykolaiv, Vinnitsia e inclusive da capital, Kiev.

"A grande maioria vive em casas particulares, com amigos ou através de contactos familiares. Outros alugam", explicou.

Só uma minoria dos refugiados reside em albergues estatais e vive do apoio das Nações Unidas.

"Trata-se de uma população mais vulnerável. Não podem aceder ao mercado laboral. São pessoas com doenças crónicas e também famílias numerosas", apontou a responsável.

Um dos principais problemas das pessoas deslocadas é a dificuldade em encontrar emprego, em grande medida por não conhecerem o idioma romano, ainda que na Moldova também se fale russo.

Na Moldova não existem vagas para os refugiados altamente qualificados e profissionais, pelo que têm de "reorientar as suas competências".

Estes ucranianos têm atualmente o estatuto de proteção temporal, o que lhes permite viver legalmente na Moldova e ter acesso a educação, saúde e emprego.

Segundo Vázquez, dois terços dos refugiados querem ficar na Moldova "por enquanto" e só pretendem regressar "quando estiverem reunidas as condições e for seguro voltar a casa".

Por esse motivo, a ACNUR verificou recentemente "uma mudança e os ucranianos estão agora mais dispostos a integrar-se e trabalhar" no país de acolhimento.

Leia Também: Do referendo às eleições: Moldova vai a votos e isso 'mexe' com a Europa

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