"Após a morte de Yahya Sinouar, abriu-se uma nova perspetiva e devemos aproveitá-la para obter um cessar-fogo e a libertação dos reféns (israelitas ainda em cativeiro) em Gaza, e trabalhar para uma solução política", disse Josep Borrell aos jornalistas, durante uma reunião dos ministros da Defesa do G7, em Nápoles (Itália).
"Esta deveria ser uma oportunidade para chegar a um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns. E isso abriria a porta a mais ajuda humanitária", acrescentou.
Borrell insistiu na necessidade de aumentar o acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que se encontra "no seu nível mais baixo".
Segundo Borrell, o acesso humanitário à Faixa de Gaza "está no seu nível mais baixo e nunca esteve tão baixo", enquanto Israel prossegue a sua ofensiva militar no enclave costeiro.
"Este é o momento em que tudo deve ser reconsiderado" para mudar a direção do conflito e conduzir a um desanuviamento da guerra aberta entre Israel e o Hamas.
Vários líderes mundiais manifestaram a esperança de que a morte de Yahya Sinouar abra caminho a um cessar-fogo e à libertação dos reféns. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considerou que se tratava de uma oportunidade para "um caminho para a paz" no Médio Oriente.
O primeiro-ministro israelita Netanyahu avisou que a morte do líder do Hamas, um dos objetivos do Governo israelita desde 07 de outubro, "não significa o fim da guerra em Gaza, mas sim o princípio do fim".
O conflito israelo-palestiniano e a atual ofensiva de Israel contra o Hezbollah no Líbano são questões centrais que serão hoje abordadas, em Nápoles, pelos ministros da Defesa dos países do G7 (Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Japão, Itália e Canadá).
[Notícia atualizada às 14h08]
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