Reino Unido urge britânicos a saírem do Líbano
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, urgiu hoje os cidadãos a saírem do Líbano enquanto o aeroporto de Beirute está aberto devido ao risco de a investida militar israelita naquele país se intensificar.
© Rasid Necati Aslim/Anadolu via Getty Images
Mundo Médio Oriente
Em declarações a jornalistas transmitidas hoje na estação pública BBC, o ministro aconselhou os cidadãos britânicos a saírem do Líbano por meios comerciais o mais rapidamente possível, tendo o Governo fretado um avião para esse efeito com partida marcada para quarta-feira.
A disponibilização de mais voos nos próximos dias dependerá do nível de interesse e da situação de segurança no terreno. O Ministério também tem procurado reservar lugares em voos de companhias aéreas.
"Há meses que avisei e alertei para o facto de, em crises anteriores entre Israel e o Líbano, o aeroporto ter fechado e não podermos garantir que as pessoas possam sair rapidamente. E, claro, isto está agora a transformar-se numa situação muito, muito preocupante no terreno", vincou Lammy.
O ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou estar a "trabalhar com parceiros comerciais para organizar mais voos 'charter'", mas advertiu não ser possível dar "garantias numa situação que é febril e frágil".
Estima-se que residam no Líbano cerca de 5.000 britânicos, que poderão aceder a estes voos juntamente com cônjuges e filhos menores, mas é dada prioridade a pessoas vulneráveis.
Como parte dos planos de contingência, o Governo britânico enviou cerca de 700 militares britânicos para Chipre, juntamente com agentes do serviço de fronteiras e funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros para processar os vistos necessários para os familiares não-britânicos.
O exército israelita anunciou que lançou operações terrestres "limitadas, localizadas e direcionadas" no sul do Líbano na noite de segunda-feira, apoiadas pela aviação e pela artilharia, contra os "alvos e infraestruturas terroristas" do Hezbollah.
Lammy instou hoje todas as partes para a necessidade de se sentarem à mesa das negociações para evitar uma guerra mais vasta no Médio Oriente, tendo revelado contactos com o homólogo iraniano nos últimos dias.
"Há meses que temos vindo a alertar para o risco de uma guerra regional com uma escalada de todos os lados e é por isso que queremos um cessar-fogo imediato em Gaza e um cessar-fogo imediato no Líbano", afirmou aos jornalistas.
O ministro enfatizou que "é a política, o debate e a diplomacia que vão resolver os problemas que temos pela frente e nós apelamos, com os nossos parceiros, à contenção nesta altura".
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