Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang considerou que o encontro contribuiu para gerir as diferenças entre Pequim e Washington, reconhecendo que ambos os lados representam "a relação bilateral mais importante do mundo", com impacto global.
"A reunião foi construtiva, com ambas as partes a envolverem-se num diálogo em pé de igualdade e num espírito de respeito mútuo", afirmou Wang, citado na mesma nota.
"Creio que permitiu melhorar a compreensão dos Estados Unidos sobre a China e preparou o terreno para a próxima fase de contactos entre as equipas diplomáticas dos dois países", acrescentou.
O comunicado indica que Wang falou aos jornalistas após participar nas reuniões da ASEAN e em encontros relacionados com o Leste Asiático, realizados na capital da Malásia, sem especificar o local exato da conversa com Rubio.
Segundo o chefe da diplomacia chinesa, o encontro de sexta-feira serviu para reforçar o diálogo, evitar equívocos, gerir divergências e ampliar a cooperação sino-americana.
O encontro decorreu num contexto de renovada tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Desde que Donald Trump regressou à presidência dos Estados Unidos, em janeiro, a administração norte-americana tem endurecido a sua política económica face à China, impondo novas tarifas sobre produtos chineses de sectores estratégicos como veículos elétricos, baterias, semicondutores e minerais críticos.
Pequim reagiu com medidas de retaliação, incluindo controlos à exportação de metais essenciais para a indústria tecnológica global, como o gálio e o germânio, e novas restrições às exportações de terras raras.
Em paralelo, ambos os países concordaram, em meados de maio, com uma trégua comercial de 90 dias, que tem permitido negociações técnicas para tentar evitar uma escalada tarifária generalizada.
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