EUA alertam Pequim: Atividades "desestabilizadoras" em Taiwan são "risco"

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, desloca-se a Pequim na próxima semana para se reunir com altos funcionários, levando uma mensagem conciliatória, mas também preocupação com o aumento da pressão sobre Taiwan.

US National Security Advisor Sullivan speaks to the press at White House

© Lusa

Lusa
23/08/2024 16:02 ‧ 23/08/2024 por Lusa

Mundo

EUA

Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à imprensa que, nas conversações da próxima semana, serão manifestadas "preocupações" sobre o "aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan".

 

Essas são atividades "desestabilizadoras" e coloca-se o "risco de uma escalada", pelo que os norte-americanos vão continuar a instar Pequim a "encetar um diálogo significativo com Taipé", afirmou a mesma fonte, reiterando que Washington continua a seguir a "política de uma só China".

"Opomo-nos a alterações unilaterais do 'status quo' por qualquer das partes. Não apoiamos a independência de Taiwan e esperamos que as diferenças entre as duas margens do Estreito sejam resolvidas facilmente", acrescentou.

Desde maio, após a tomada de posse do Presidente taiwanês, William Lai (Lai Ching-te) - descrito como um agitador por Pequim -, a China tem apertado ainda mais o cerco militar em torno da ilha, um território governado autonomamente desde 1949 e considerado pelas autoridades de Pequim como uma "província rebelde" e cuja "reunificação" não exclui o uso da força.

A viagem de Sullivan a Pequim decorre entre 27 e 29 de agosto e deverá incluir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, naquele que será o quinto encontro entre os dois.

A viagem foi programada há meses e integra uma série de reuniões entre altos funcionários dos dois países para reforçar as relações, depois de momentos turbulentos após a visita a Taipé, em agosto de 2022, da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

"A diplomacia e os canais de comunicação dos EUA não indicam uma mudança de abordagem em relação à República Popular da China. Esta é uma relação intensamente competitiva (...) mas estamos empenhados em gerir esta competição de forma responsável e evitar que se transforme em conflito", acrescentou hoje o alto funcionário.

Além de Taiwan, outros pontos da reunião passam por "questões-chave" como o tráfico de droga, a segurança e a inteligência artificial.

Sullivan irá também abordar o apoio da China à base industrial de defesa da Rússia, as tensões no Mar do Sul da China, o Irão e a crise no Médio Oriente.

Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, Washington impôs sanções específicas, incluindo a empresas chinesas que vendem semicondutores a Moscovo, como parte de um esforço para enfraquecer a máquina militar russa.

Leia Também: China manifesta "oposição" a "intercâmbio" entre funcionários de Taiwan e EUA

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas