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Rússia abre investigação contra jornalista da CNN após reportagem em Kursk

A Rússia abriu uma investigação contra um jornalista do canal de televisão norte-americano CNN e duas repórteres ucranianas que faziam reportagens na região de Kursk, após terem atravessado "ilegalmente" a fronteira russa com a Ucrânia.

Rússia abre investigação contra jornalista da CNN após reportagem em Kursk
Notícias ao Minuto

11:57 - 22/08/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

Os serviços de segurança russos (FSB) afirmaram, num comunicado hoje publicado, que "abriram uma investigação criminal" contra o jornalista britânico Nick Paton Walsh e as ucranianas Diana Boutsko e Olessia Borovik por "travessia ilegal da fronteira".

 

Processos semelhantes foram iniciados em 17 de agosto pelas autoridades russas contra dois jornalistas italianos do canal público RAI, Stefania Battistini e Simone Traini, pelo mesmo motivo.

Esses jornalistas estrangeiros realizaram reportagens nomeadamente na cidade russa de Sudzha, situada a cerca de dez quilómetros da fronteira com a Ucrânia e que Kyiv afirma ter conquistado completamente no âmbito da sua ofensiva militar na região de Kursk lançada no início de agosto.

Os jornalistas visados nessas investigações, que não se encontram na Rússia, correm o risco de serem condenados com até cinco anos de prisão, de acordo com o código penal russo.

Nesse contexto, Moscovo convocou nos últimos dias a embaixadora italiana na Rússia, Cecilia Piccioni, bem como uma diplomata norte-americana em Moscovo, Stephanie Holmes, para protestar contra as ações dos jornalistas.

De acordo com Moscovo, os jornalistas entraram na Rússia para "cobrir de forma propagandística os crimes do regime de Kyiv".

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakhrova, confirmou na quarta-feira que os jornalistas não se deslocaram às missões diplomáticas russas para solicitar um visto.

Após meses de retirada diante do avanço das tropas da Rússia no leste do seu território, a Ucrânia trouxe o combate para solo russo ao lançar, em 06 de agosto, uma ofensiva de escala sem precedentes contra a região fronteiriça de Kursk. Kyiv afirma controlar agora 93 localizações e mais de 1.250 quilómetros quadrados.

O Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu "expulsar" as forças ucranianas da Rússia.

As forças russas invadiram a Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022.

Leia Também: Chefe da agência nuclear da ONU vai visitar central russa de Kursk

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