Kyiv garante que não quer anexar território russo
A diplomacia ucraniana garantiu hoje que Kyiv não pretende anexar territórios russos, referindo-se às operações militares em curso há uma semana na região russa de Kursk.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"Ao contrário da Rússia, a Ucrânia não precisa da propriedade de outras pessoas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Georgii Tykhii, explicando a posição de Kiev sobre a operação militar em curso.
Também o porta-voz da presidência ucraniana, Maikhailo Pololiak, disse que a incursão na região de Kursk faz parte da estratégia de destruir as infraestruturas bélicas da Rússia.
O porta-voz da diplomacia ucraniana argumentou que as incursões em território russo "são ações absolutamente legítimas por parte da Ucrânia, em particular no âmbito do direito à legítima defesa previsto na Carta das Nações Unidas".
Tykhii garantiu ainda que o Exército ucraniano "respeita totalmente as leis e costumes da guerra e o direito humanitário internacional" em território russo e apenas tem como alvo alvos "militares".
Para o porta-voz da diplomacia ucraniana, a ofensiva na Rússia é legítima e poderá parar se Moscovo aceitar uma "paz justa", colocando um fim à invasão da Ucrânia.
"Quanto mais depressa a Rússia aceitar restaurar uma paz justa (...), mais depressa cessarão as incursões das forças de defesa ucranianas em território russo", afirmou Georgii Tykhii, durante uma conferência de imprensa.
Na segunda-feira, e perante os avanços ucranianos na região fronteiriça de Kursk, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que deixava de fazer sentido manter conversações com a liderança de Kiev na sequência da incursão militar ucraniana, e prometeu uma "resposta firme".
"Torna-se agora claro que o regime e Kiev recusaram as nossas propostas para o regresso a um plano de acordo pacífico", disse Putin, durante uma reunião especial sobre a situação nas zonas fronteiriças que foi transmitida pela televisão estatal.
"O inimigo, com a ajuda dos seus chefes ocidentais, está agora a efetuar a sua aposta, e o Ocidente mantém uma guerra contra nós utilizando-se dos ucranianos para melhorar a sua posição negocial no futuro", argumentou Putin na mesma ocasião.
Na segunda-feira, o Exército ucraniano reivindicou o controlo de 1.000 quilómetros quadrados de território russo na região fronteiriça de Kursk, onde as forças de Kiev ainda mantêm uma ofensiva depois de lançar um ataque surpresa em grande escala em 06 de agosto.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
[Notícia atualizada às 14h11]
Leia Também: Kyiv diz controlar mil quilómetros quadrados de território russo
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com