Autoridades pró-russas de Kherson apelam à calma após serem avistados F-16
As autoridades russófonas de Kherson, província do sul da Ucrânia em grande parte controlada pelas forças pró-russas, apelaram hoje à população para manter a calma após terem sido avistados dois aviões de combate F-16 ucranianos.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
O responsável governamental da localidade de Kajovka, Pavel Filipchuk, após confirmar o sobrevoo dos dois aparelhos de fabrico norte-americano, assegurou na sua conta da rede social Telegram que o Exército da Ucrânia apenas efetua estas operações para "semear o pânico" e minar a moral dos cidadãos da zona.
"Queridos habitantes de Kajovka, compatriotas. Desde ontem que F-16 sobrevoam a nossa região. Destina-se a semear pânico, suprimir a nossa fé na vitória. É importante não sucumbir a esses sentimentos, para manter a fortaleza", assinalou Filipchuk, ao assegurar que esses "mosquitos" serão destruídos.
No passado fim de semana o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou a chegada dos primeiros aviões de combate fornecidos por diversos parceiros ocidentais. No enanto, não especificou a quantidade nem o local onde estão estacionados.
Hoje, Zelensky garantiu que os F-16 já estão a efetuar operações. "Haverá mais!", assegurou, destacando as iniciativas diplomáticas, militares e políticas efetuadas nos dois últimos anos.
Países Baixos, Dinamarca, Noruega e Bélgica prometeram à Ucrânia mais de 60 F-16. A coligação formada por estes países também se comprometeu no treino de pilotos ucranianos.
No decurso do conflito, a Ucrânia utilizou antigos aviões de combate soviéticos, alguns fornecidos por países aliados, apesar das suas limitadas capacidades face à superioridade aérea da Rússia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
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