Rússia protesta pela retirada de monumentos da União Soviética na Estónia

As autoridades russas protestaram hoje junto do Governo da Estónia contra a retirada dos monumentos que exaltam os soldados soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial e exumação de militares. 

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© Reuters

Lusa
02/07/2024 15:43 ‧ 02/07/2024 por Lusa

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Rússia

A retirada dos monumentos tem sido motivo de contencioso não apenas entre Moscovo e Talin mas também com os restantes países bálticos que adotaram medidas semelhantes sobre a desmontagem ou mesmo demolição de esculturas sobre a presença das forças soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).  

A embaixada da Rússia criticou na nota de protesto enviada hoje ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia o "desmantelamento de sepulturas na localidade de Tehumardi, na ilha de Saaremaa", assim como a exumação que está prevista nas imediações onde estão sepultados os soldados do antigo Exército Vermelho que morreram em combate.  

A mesma nota diplomática refere que em outubro de 1944 ocorreu em Tehumardi uma das "batalhas mais difíceis da Segunda Guerra Mundial" em que centenas de soldados soviéticos "derramaram o sangue" para libertar a ilha.

"Apesar de tudo isto, as autoridades da Estónia mostram preocupação por aqueles que lutaram ao lado de [Adolf] Hitler, ao retirarem estes monumentos", acusa a Rússia.

"Entregámos a nota da embaixada (da Rússia) para pôr fim a estes atos de blasfémia e a uma campanha imoral que procura anular a herança histórica e militar soviética nesta zona através do revisionismo sobre o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial", acrescenta o texto.  

O Governo da Rússia pede também que os monumentos sejam mantidos ou que sejam recolocados aqueles que já foram retirados. 

Em fevereiro, as autoridades estonianas admitiram a possibilidade de exumar cerca de 90 sepulturas militares soviéticas. 

A Estónia foi ocupada e só recuperou a independência em 1992 após a queda da União Soviética. 

As forças russas retiraram-se do país em 1994 tendo a Estónia aderido à Aliança Atlântica em 2004.

Leia Também: Partido no poder na Estónia reúne-se sábado para procurar sucessor de PM

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