A mulher que levou o tio morto ao banco para contrair um empréstimo e fez manchetes por todo o mundo deu uma entrevista à emissora espanhola Telecinco.
Érika de Souza Vieira, de 42 anos, é acusada de fraude e profanação de cadáver, crimes dos quais o seu advogado a tentou absolver: "O que pedimos é a absolvição sumária, uma vez que temos documentos e provas fortes de que a pessoa não foi a autora do referido crime".
A mulher foi proibida de sair do país, por risco de fuga. "A verdade é que foi o meu tio que pediu o empréstimo [de 17 mil reais, cerca de três mil euros] um mês antes destes factos. Ele andava e falava, estava de perfeita saúde, mas apanhou uma pneumonia e quando teve alta pediu-me que o levasse ao banco para continuar com o empréstimo e fazer uma coisa que ele queria para ser independente, construir o seu próprio espaço na garagem e ser independente", referiu a mulher numa entrevista dada por videochamada.
"Acompanhei-o ao banco, ele estava bem, de facto o rapaz que me ajudou a sentá-lo no carro segurou a porta e, na minha opinião, acho que ele morreu dentro do banco. Houve uma funcionária que segurou a cabeça porque eu tinha de ir à casa de banho, pois estava com o período. Quando voltei lá, ela deu-me o papel e a caneta para o meu tio assinar. Se o meu tio estivesse morto, ela não o teria levado, porque nunca vi um morto assinar nada, seria uma perda de tempo", recordou.
A mulher apontou falou ainda que o tio, de 68 anos, tinha pneumonia. "Em momento algum percebi que o meu tio estava morto. Não sou médica. Os meus filhos já tiveram pneumonia e recuperaram bem", explicou.
O caso aconteceu no final de abril e as imagens que mostram o momento em que estão no banco foram divulgadas nas redes sociais.
O homem não conseguia mexer a cabeça a a mulher insistia com o tio para que este assinasse o documento. Perante a estranheza da situação, as funcionárias do banco decidiram gravar o que se estava a passar e foi assim que a situação foi denunciada.
Leia Também: Mulher que levou tio morto ao banco dá entrevista. "Não sou um monstro"