Israel vai colocar "equipas de intervenção" em colonatos na Cisjordânia

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou hoje que o Exército vai estabelecer "equipas de intervenção" nos colonatos perto de Jenin, na Cisjordânia, face ao que descreveu como "tentativas iranianas de colocar armas avançadas" na região.

 Yoav Gallant, ministro da Defesa, Israel,

© JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
17/06/2024 20:23 ‧ 17/06/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Durante uma visita à região, o governante indicou que as Forças de Defesa vão comprar 'drones' e armas e reforçar a segurança dos residentes israelitas no território palestiniano ocupado.

"Continuaremos a fazer todos os esforços, ofensivos e defensivos, para impedir o terrorismo dentro das nossas fronteiras", disse Gallant numa mensagem na sua conta na rede X.

Os ataques do Exército israelita dentro e à volta do campo de refugiados de Jenin, um reduto das milícias palestinianas, são frequentes e muitas vezes deixam habitantes mortos nos confrontos.

Na semana passada, seis palestinianos foram mortos e dois ficaram feridos, um deles em estado grave, na sequência de um ataque israelita à aldeia de Kafr Dan, perto de Jenin.

Fontes locais confirmaram à agência palestina Wafa que os confrontos eclodiram após a infiltração de tropas na cidade, que cercaram e atacaram a casa de uma família palestiniana.

O Exército israelita, pelo seu lado, identifica quatro dos mortos como "terroristas" combatentes de milícias palestinianas, localizados numa "infraestrutura" que utilizavam nesta aldeia.

A Cisjordânia está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, este ano, pelo menos 217 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria deles suspeitos de serem militantes de milícias, mas também civis, incluindo cerca de 40 menores, segundo uma contagem da agência EFE, depois de 2023 ter sido o ano mais mortal em duas décadas, com mais de 520 vítimas.

Do lado israelita, 14 pessoas morreram em 2024: 12 em nove ataques palestinianos, seis oficiais e seis civis (cinco deles colonos que viviam na Cisjordânia), além de um soldado em Jenin, em janeiro, que detonou um explosivo com o seu veículo e um polícia das forças especiais, abatido durante uma operação em Tulkarem, em maio.

O Exército Israelita intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia ocupada após o início da guerra na Faixa de Gaza com o grupo islamita palestiniano Hamas, em outubro passado.

Desde então, pelo menos 545 palestinianos morreram em incidentes violentos, principalmente com tropas israelitas e uma dúzia às mãos de colonos.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e deixou mais de duas centenas de reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.

A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 37 mil mortos e uma grave crise humanitária no enclave palestiniano, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Leia Também: Ministro israelita descarta iniciativa francesa sobre Líbano

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