Israel vai colocar "equipas de intervenção" em colonatos na Cisjordânia
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou hoje que o Exército vai estabelecer "equipas de intervenção" nos colonatos perto de Jenin, na Cisjordânia, face ao que descreveu como "tentativas iranianas de colocar armas avançadas" na região.
© JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
Durante uma visita à região, o governante indicou que as Forças de Defesa vão comprar 'drones' e armas e reforçar a segurança dos residentes israelitas no território palestiniano ocupado.
"Continuaremos a fazer todos os esforços, ofensivos e defensivos, para impedir o terrorismo dentro das nossas fronteiras", disse Gallant numa mensagem na sua conta na rede X.
Os ataques do Exército israelita dentro e à volta do campo de refugiados de Jenin, um reduto das milícias palestinianas, são frequentes e muitas vezes deixam habitantes mortos nos confrontos.
Na semana passada, seis palestinianos foram mortos e dois ficaram feridos, um deles em estado grave, na sequência de um ataque israelita à aldeia de Kafr Dan, perto de Jenin.
Fontes locais confirmaram à agência palestina Wafa que os confrontos eclodiram após a infiltração de tropas na cidade, que cercaram e atacaram a casa de uma família palestiniana.
O Exército israelita, pelo seu lado, identifica quatro dos mortos como "terroristas" combatentes de milícias palestinianas, localizados numa "infraestrutura" que utilizavam nesta aldeia.
A Cisjordânia está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, este ano, pelo menos 217 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria deles suspeitos de serem militantes de milícias, mas também civis, incluindo cerca de 40 menores, segundo uma contagem da agência EFE, depois de 2023 ter sido o ano mais mortal em duas décadas, com mais de 520 vítimas.
Do lado israelita, 14 pessoas morreram em 2024: 12 em nove ataques palestinianos, seis oficiais e seis civis (cinco deles colonos que viviam na Cisjordânia), além de um soldado em Jenin, em janeiro, que detonou um explosivo com o seu veículo e um polícia das forças especiais, abatido durante uma operação em Tulkarem, em maio.
O Exército Israelita intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia ocupada após o início da guerra na Faixa de Gaza com o grupo islamita palestiniano Hamas, em outubro passado.
Desde então, pelo menos 545 palestinianos morreram em incidentes violentos, principalmente com tropas israelitas e uma dúzia às mãos de colonos.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e deixou mais de duas centenas de reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.
A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 37 mil mortos e uma grave crise humanitária no enclave palestiniano, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.
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