"Tomo nota do anúncio de dois Estados-membros - Espanha e Irlanda - e pela Noruega de reconhecerem o Estado da Palestina. No quadro da política externa e de segurança comum, vou trabalhar sem descansar com todos os Estados-membros para promover uma posição comum na UE baseada na solução dos dois Estados", escreveu Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter).
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou hoje que o país vai reconhecer o Estado da Palestina em 28 de maio, próxima terça-feira.
Dublin e Oslo anunciaram que também vão fazê-lo no decurso da próxima semana. Israel repudiou a decisão e convocou os embaixadores dos três países.
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse hoje à Lusa que Portugal mantém a vontade de reconhecer a Palestina como Estado, mas está a tentar obter o maior consenso possível entre os membros da União Europeia (UE).
I take note of today’s announcement by 2 EU Member States -Ireland and Spain- and by Norway on the recognition of the State of Palestine.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) May 22, 2024
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"É só uma questão de momento", avançou a mesma fonte, lembrando que Portugal tem uma posição de mediador na UE para esta questão, estando, por isso, "em consultas com vários Estados para alcançar o maior consenso e trazer o maior número de países para a solução" de dois Estados: Israel e Palestina.
O ministério sublinhou ainda que a posição do Governo já foi avançada várias vezes pelo chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, e segue a linha do executivo anterior.
Numa entrevista dada ao jornal espanhol El Pais no dia 12, Paulo Rangel avançou que o Governo português não ia juntar-se agora a Espanha para reconhecer a soberania do Estado da Palestina, explicando estar à espera "do momento mais oportuno para dar esse passo".
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