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Espanha liberta (sem querer) traficante que ameaçou matar princesa Amália

Karim Bouyakhrichan, líder da 'Mocro Maffia', foi libertado após uma confusão judicial entre dois tribunais. Em 2022, as autoridades neerlandesas receberam informações de que o suspeito queria raptar ou assassinar a herdeira ao trono do país, a princesa Amália.

Espanha liberta (sem querer) traficante que ameaçou matar princesa Amália
Notícias ao Minuto

11:57 - 23/04/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

Karim Bouyakhrichan, um dos líderes mais importantes da 'Mocro Maffia', que terá planeado assassinado a princesa Amália dos Países Baixos e o primeiro-ministro do país, Mark Rutte, fugiu de Espanha após uma confusão judicial entre dois tribunais.

Segundo a rádio espanhola Cadena SER, Bouyakhrichan, um neerlandês de origem marroquina, foi detido em Marbella a 24 de janeiro, na sequência de uma investigação sobre branqueamento de capitais que durou cinco anos. Era ainda suspeito de coordenar a entrada de cocaína e haxixe de Marrocos para a Europa e encontrava-se no sul de Espanha após ter estreitado relações com clãs de narcotraficantes ali instalados. 

Após ter sido detido, as autoridades neerlandesas apresentaram um pedido de extradição ao Tribunal Nacional de Espanha para que o traficante fosse transferido para os Países Baixos para responder pelas acusações relacionadas com o seu império de tráfico de droga.

O Tribunal Nacional acedeu ao pedido dos Países Baixos, mas o Tribunal Provincial de Málaga, que tem jurisdição sobre a área onde Bouyakhrichan foi detido, recusou, argumentando que o detido tinha processos pendentes em Espanha, incluindo um crime também de branqueamento de capitais. 

As autoridades neerlandesas recorreram da decisão com um novo pedido urgente. Apesar de o Tribunal Nacional ter aceitado o recurso dos Países Baixos, não emitiu um mandado de detenção que faria com que Bouyakhrichan permanecesse detido até à sua extradição. 

Assim, segundo conta a Cadena SER, quando foi presente ao Tribunal Provincial de Málaga, no mês passado, no âmbito do seu caso de branqueamento de capitais, o juiz concordou em libertá-lo mediante o pagamento de uma fiança de 50 mil euros - valor que foi imediatamente pago. Desde então, nunca mais foi visto pelas autoridades. 

Em 2022, a imprensa neerlandesa avançou que a princesa Amália teve de abandonar a residência universitária onde vivia, no centro de Amesterdão, e regressar ao palácio real, após as autoridades terem obtido informações que de Bouyakhrichan pretendia raptá-la ou assassiná-la. Também o primeiro-ministro do país, Mark Rutte, foi apontado como um dos possíveis alvos do narcotraficante. 

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