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Herzog enaltece exército. "Enfrentará qualquer inimigo, longe e perto"

Presidente israelita fez um balanço dos seis meses de guerra na Faixa de Gaza.

Herzog enaltece exército. "Enfrentará qualquer inimigo, longe e perto"
Notícias ao Minuto

20:04 - 06/04/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Israel/Palestina

O presidente de Israel, Isaac Herzog, fez um balanço da guerra na Faixa de Gaza e da situação dos reféns israelitas que continuam sob o controlo do Hamas, quando faltam apenas algumas horas para se assinalarem os seis meses desde o ataque de 7 de outubro.

"Meio ano desde que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e as nossas forças de segurança, regulares e de reserva, têm trabalhado em todas as arenas, em todas as frentes, com todas as suas forças - para devolver os reféns e erradicar o terrorismo", escreveu Herzog numa longa mensagem em hebraico no X (antigo Twitter).

"Após meio ano de guerra, e mesmo nestes dias tensos, sabemos que temos um exército que enfrentará qualquer inimigo, longe e perto, como um só. Desejamos o sucesso e o regresso seguro dos combatentes, abraçamos as famílias enlutadas e rezamos pela cura dos feridos no corpo e na alma", continuou.

O presidente israelita deixou ainda uma mensagem aos "cidadãos de Israel no Norte e no Sul ainda não regressaram à paisagem da sua terra natal". "Não devemos esquecer que esta é uma prioridade nacional - devolvê-los a casa e ajudá-los na sua reabilitação e na construção de uma vida de segurança, prosperidade e paz", alertou, defendendo que "meio ano passou e é difícil saber quais desafios ainda virão".

"Apesar do longo e difícil caminho, olho para vocês, cidadãos de Israel, e sei - ainda seremos restaurados, curados e construídos, e estabeleceremos mezuzá, e plantaremos, e colheremos com alegria o que nós semeamos com lágrimas e provaremos ao mundo inteiro: Israel está vivo", concluiu Herzog.

A mais mortífera guerra entre Israel e o Hamas, iniciada a 7 de outubro de 2023, cumpre domingo seis meses, sem um fim à vista, após tornar Faixa de Gaza sinónimo de devastação e catástrofe.

O conflito foi desencadeado a 7 de outubro de 2023 com o inédito ataque do movimento islamita palestiniano a território israelita, o que levou Israel a retaliar, prometendo que só terminaria com a ofensiva militar depois de "aniquilar" o Hamas.

"Amanhã, às 06:29, assinalaremos seis meses desde o cruel ataque terrorista e o horrível massacre. Meio ano desde este crime contra os nossos irmãos, contra o nosso Estado, contra a humanidade. Seis meses de uma guerra sangrenta e difícil", afirmou o Presidente em comunicado.

No entanto, Herzog disse estar "orgulhoso" e "cheio de esperança e fé" no comportamento da sociedade israelita, que se mostrou "em todo o seu esplendor" durante estes seis meses e tem sido um exemplo de resiliência.

"Passou meio ano e é difícil saber que desafios ainda nos esperam. Mas, apesar da longa e difícil jornada, olho para vós, cidadãos de Israel, e sei que nos vamos erguer de novo, vamos curar e construir, vamos plantar, vamos colher com alegria o que semeamos com lágrimas", afirmou.

O Presidente de Israel referiu-se também aos 129 reféns na Faixa de Gaza - depois de o exército ter resgatado o corpo de um deles esta manhã - e ao empenho do Estado em trazê-los de volta, e elogiou a "força e fé inabaláveis" das suas famílias.

"O pacto mais fundamental entre um Estado e os seus cidadãos obriga-nos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance - com criatividade, perseverança e determinação - para atuar de todas as formas para os trazer de volta a casa", afirmou, enquanto centenas de milhares de israelitas saíam novamente à rua para apelar ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para que chegasse a um acordo para libertar os reféns.

Seis meses de guerra na Faixa de Gaza custaram a vida a mais de 33.100 habitantes e outros 75.800 ficaram feridos, enquanto as fileiras israelitas sofreram 257 baixas.

Cerca de 1.200 pessoas - quase 800 civis - foram mortas no ataque do Hamas em 07 de outubro, e mais de 250 foram raptadas, das quais 112 foram devolvidas vivas a Israel.

[Notícia atualizada às 21h02]

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