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Áustria e Itália defendem negociações para adesão da Bósnia-Herzegovina

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Itália, Antonio Tajani, e da Áustria, Alexander Schallenber, defenderam hoje a abertura de negociações para entrada da Bósnia-Herzegovina na União Europeia e pediram ao país mais esforços para cumprir as condições necessárias.

Áustria e Itália defendem negociações para adesão da Bósnia-Herzegovina
Notícias ao Minuto

13:47 - 04/03/24 por Lusa

Mundo UE

"O momento para agir é agora. (...) Os políticos e forças políticas do país que acham que podem adiar o caminho europeu estão, na realidade, a roubar o futuro deste país e o futuro dos seus jovens", afirmou Schallenberg numa conferência de imprensa realizada em Sarajevo e transmitida pela estação regional N1.

O chefe da diplomacia austríaca lembrou que daqui a algumas semanas o Conselho Europeu irá decidir se permite o início das negociações de adesão da Bósnia-Herzegovina à União Europeia (UE).

Schallenberg apelou às autoridades bósnias para que se unam em prol do futuro do país e para "travar a fuga de cérebros e oferecer perspetivas aos jovens na Bósnia-Herzegovina", referindo que os investidores que querem investir naquele país dos Balcãs enfrentam falta de mão-de-obra.

Schallenberg e Tajani, que se reuniram com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bósnia, Elmedin Konakovic, concordaram que o país fez "progressos impressionantes" nos últimos meses, maiores do que tinha feito nos anos anteriores, dando como exemplo a aprovação de uma lei contra o branqueamento de capitais ou negociações sobre um acordo com a Frontex (a agência europeia de fronteiras) no âmbito da luta contra as migrações ilegais.

A Bósnia-Heregovina, que recebeu o estatuto de país candidato à adesão à UE em dezembro de 2022, tem de cumprir 14 requisitos obrigatórios.

Entre a lista conta-se a instituição de uma lei eleitoral que permita um processo mais transparente e uma reforma sobre questões judiciais, que ainda não obteve consenso entre os líderes dos três povos constituintes -- muçulmanos, croatas e sérvios -, que costumam defender posições opostas em relação a diferentes questões.

O país balcânico, que entre 1992 e 1995 viveu uma guerra civil que fez quase 100 mil vítimas, é composto por duas entidades autónomas -- a sérvia e a muçulmana e croata -- mas também dispõe de instituições centrais.

Segundo Schallenberg, ainda existem Estados na UE que têm reservas quanto à possibilidade de abertura de negociações de adesão do país, razão pela qual pediu aos políticos bósnios "que não apresentem razões ou argumentos" para manter ou agravar essa postura.

O ministro austríaco sublinhou que a política de alargamento da UE nos Balcãs Ocidentais é a "maior ferramenta estratégica" da Europa para evitar a influência de Moscovo ou Pequim na região.

Os seis países dos Balcãs Ocidentais - Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro, Sérvia e Kosovo - aspiram a aderir à UE.

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