Para Borrell, o impacto desta estratégia é "mínimo" e "não é isento de riscos para os civis".
Num comunicado, após o primeiro lançamento de ajuda, o representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros afirmou que este método deve ser uma solução de "último recurso" e defendeu que o cessar-fogo é a melhor fórmula para garantir a entrega em grande escala de ajuda humanitária a Gaza e assegurar a proteção dos civis palestinianos.
O chefe da diplomacia da União Europa criticou Israel por restringir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza por via terrestre, e exigiu que o país garanta o acesso "livre, desimpedido e seguro" aos produtos essenciais, e que a sua entrada possa ser realizada através de todas os pontos fronteiriços.
"Pedimos a Israel que elimine imediatamente os obstáculos na passagem de Kerem Shalom e abra o acesso no norte, nas passagens de Karni e Erez, abra o porto de Ashdod à ajuda humanitária e permita um corredor humanitário direto a partir da Jordânia", acrescentou.
Os Estados Unidos optaram pela via aérea e realizaram, hoje, o primeiro lançamento de ajuda humanitária em Gaza através de aviões militares, que distribuíram cerca de 38 mil refeições.
O Comando Central da Força Aérea dos Estados Unidos referiu, em comunicado, que colaborou com a Jordânia no lançamento de pacotes de alimentos, que não incluíam água ou abastecimento médicos, segundo a CNN.
Na sexta-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que levaria a cabo este lançamento, depois de o Exército israelita ter disparado na quinta-feira contra um grupo de pessoas que participava numa distribuição de alimentos em Gaza.
Esse ataque provocou mais de 100 civis mortos, embora Tel Aviv atribuísse a culpa a uma avalanche causada pela multidão.
As organizações de ajuda humanitária afirmam que estes lançamentos aéreos estão muito aquém de satisfazer as necessidades alimentares e de abastecimento na área, onde mais de 2 milhões de pessoas enfrentam a fome.
Leia Também: Aviões dos EUA lançam de paraquedas cerca de 38.000 refeições sobre Gaza