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Médicos Sem Fronteiras condenam "assassinatos" em ataque contra abrigo

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) condenaram hoje "nos termos mais fortes possíveis" o "assassinato", em Gaza, de familiares de funcionários num ataque israelita contra um abrigo identificado como sendo da organização, e que deixou ainda outras seis pessoas feridas.

Médicos Sem Fronteiras condenam "assassinatos" em ataque contra abrigo
Notícias ao Minuto

13:16 - 22/02/24 por Lusa

Mundo Israel

Segundo a organização internacional médico-humanitária, há dois dias, as forças israelitas atacaram Al-Mawasi, na costa da Faixa de Gaza, tendo disparos de um tanque atingido uma casa que abrigava funcionários dos MSF e familiares seus.

"O ataque matou a nora e a esposa de um dos nossos colegas e feriu seis pessoas, cinco das quais eram mulheres ou crianças. Balas também foram disparadas contra o prédio claramente identificado" com logótipos dos MSF, segundo o comunicado.

A mesma fonte informou que as equipas de socorro chegaram ao local com um atraso de mais de duas horas devido aos bombardeamentos e garantiram o transporte de feridos, alguns com queimaduras, para um hospital em Rafah.

A diretora-geral dos MSF, Meinie Nicolai, manifestou "indignação e profunda tristeza" com as mortes registadas no mesmo dia que os Estados Unidos "decidiram vetar um cessar-fogo imediato".

"Estas mortes sublinham a triste realidade de que nenhum lugar em Gaza é seguro, que as promessas de áreas seguras são vazias e os mecanismos de resolução de conflitos não são fiáveis", criticou a responsável, citada em comunicado, e para quem "a quantidade de força utilizada em ambientes urbanos densamente povoados é impressionante".

"Atacar um edifício sabendo que está cheio de trabalhadores humanitários e das suas famílias é injusto", considerou.

Na altura do ataque estavam abrigadas na casa 64 pessoas, indicou a organização, que garantiu que há informação regular às partes envolvidas na guerra sobre o paradeiro dos elementos dos MSF.

"Reiteramos o nosso apelo a um cessar-fogo imediato e sustentado em Gaza. A violência contra os civis deve terminar agora", acrescentou ainda a organização.

Mais de 29.300 habitantes de Gaza morreram em 139 dias de guerra na Faixa de Gaza, segundo o movimento islamita palestiniano Hamas, que estimou que cerca de 8.000 corpos desaparecidos estejam sob os escombros e há mais de 69.300 feridos.

Israel declarou guerra ao Hamas após um ataque do grupo em solo israelita em 07 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos e mais de 240 sequestrados.

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