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Mais 11 crianças regressam à Ucrânia. Têm entre 2 e 16 anos

Esta é a mais recente transferência de reféns ao abrigo de um programa mediado pelo Qatar. Alguns dos menores têm necessidades médicas urgentes.

Notícias ao Minuto

17:03 - 19/02/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

Onze crianças ucranianas partiram da Rússia para a Ucrânia esta segunda-feira para se reunirem com as suas famílias. Esta é a mais recente transferência de reféns ao abrigo de um programa mediado pelo Qatar.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, o acordo marca o terceiro processo de reunificação e inclui crianças com idades compreendidas entre os dois e os 16 anos, algumas das quais têm necessidades médicas urgentes. 

Os menores foram recebidos e acolhidos na embaixada do Qatar em Moscovo pelo Embaixador Sheikh Ahmed bin Nasser Al Thani e pela comissária presidencial russa para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova - como se pode ver na galeria de imagens acima - antes de iniciarem uma longa viagem até à Ucrânia, destaca o jornal The Guardian.

Segundo a Sky News, entre os menores que serão entregues à sua família na Ucrânia estão duas gémeas, de dois anos, que foram colocadas pelos pais num lar de crianças em território controlado pela Rússia devido a dificuldades financeiras; duas crianças, de cinco e seis anos, que precisam de cuidados médicos especiais; um menor de cinco anos que vivia com os avós em território controlado pela Rússia; uma jovem de 15 anos que vivia com a mãe em Zaporíjia, até esta falecer no ano passado; uma criança de quatro anos que sofreu um acidente vascular cerebral e foi hospitalizada; duas crianças, de 13 e 10 anos, que viviam em Donetsk e se vão reunir com o tio depois da morte da mãe; um rapaz de 14 anos que foi recentemente libertado do cativeiro e um outro jovem de 16 que perdeu a família, quando esta tentava sair de Lugansk.

O ministro da cooperação internacional do Qatar, Lolwah al Khater, afirmou que "é muito gratificante ver que mais 11 crianças foram hoje reunidas em segurança com as suas famílias na Ucrânia".

"O mecanismo que criámos para facilitar o reagrupamento seguro das crianças está agora firmemente estabelecido e a provar a sua eficácia", acrescentou.

Tal como em operações anteriores, as crianças e os seus tutores seguem primeiro em direção a Moscovo a partir das suas localizações nas regiões em conflito ou no território russo. Em seguida, viajam para a Bielorrússia, a caminho da fronteira ucraniana. A partir daí, serão escoltados pelas autoridades ucranianas até Kyiv.

De recordar que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu em março do ano passado um mandado de captura internacional para o presidente russo, Vladimir Putin, e para Lvova-Belova.

O TPI acusa ambos de crimes de guerra relacionados com a deportação forçada de menores ucranianos para território da Rússia. No entanto, as autoridades russas têm sempre negado tais acusações.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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