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"Perigosos". Comentários de Trump colocam "segurança" da NATO em 'alerta'

O ex-presidente Donald Trump alertou que, caso seja reeleito, irá encorajar a Rússia a "fazer o que quiser" em relação aos países devedores da NATO. Os comentários já foram criticados pela aliança transatlântica, com o secretário-geral a considerar que "minam a segurança de todos". Já Biden descreveu-os como "angustiantes e perigosos".

"Perigosos". Comentários de Trump colocam "segurança" da NATO em 'alerta'
Notícias ao Minuto

08:41 - 12/02/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se encontra na corrida para voltar a ocupar o cargo, afirmou, no sábado, que, caso seja reeleito, não irá defender os países devedores atacados pela Rússia, pelo contrário: Encorajaria o país liderado por Vladimir Putin a "fazer o que quiser". As declarações do republicano foram amplamente criticadas pelo presidente norte-americano, Joe Biden, e pela aliança transatlântica NATO.

"Um dos presidentes de um grande país levantou-se e disse: 'Bem, senhor, se não pagarmos e formos atacados pela Rússia, vai defender-nos?': Não, não vou proteger-vos mais. Aliás, vou encorajá-los a fazerem o que quiserem. Vocês têm de pagar as dívidas", disse num comício na Carolina do Sul, referindo-se a um país-membro da NATO não identificado que o terá confrontado sobre a ameaça de não defender os Estados que não cumprissem as metas de financiamento da Aliança. "Não pagou, é delinquente", acrescentou.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, considerou que as declarações de Trump "minam a segurança" e expõe os soldados norte-americanos e europeus "a um risco acrescido".

"Qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente mina a segurança de todos nós, incluindo a dos EUA, e expõe os soldados americanos e europeu a um risco acrescido. Espero que, independentemente de quem ganhe as eleições presidenciais, os EUA continuem a ser um aliado forte e empenhado da NATO", defendeu, em comunicado. 

"Mina a segurança de todos". NATO critica declarações de Trump

Trump afirmou que encorajaria Rússia a "fazer o que quisesse" com devedores à NATO.

Notícias ao Minuto com Lusa | 15:32 - 11/02/2024

Por seu turno, Joe Biden descreveu os comentários do seu adversário como "angustiantes e perigosos", que significam "a sua vontade de abandonar os aliados da América que são membros da NATO em caso de um ataque russo".

"O facto de Donald Trump admitir que pretende dar luz verde a Putin para mais guerra e violência, para continuar o seu ataque brutal a uma Ucrânia livre e para estender a sua agressão ao povo da Polónia e dos Estados Bálticos é angustiante e perigoso", afirmou o presidente dos Estados Unidos em comunicado.

Antes, a Casa Branca também já tinha considerado que "encorajar a invasão dos aliados mais próximos por regimes assassinos é confrangedor e insano".

"Em vez de apelar à guerra e promover o caos, o presidente Biden continuará a apoiar a liderança norte-americana", acrescentou o porta-voz, Andrew Bates.

Esta segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pediu seriedade a Trump.

"Deixem-me ser sarcástico (...). Durante esta campanha vamos ouvir demasiadas coisas. Vamos ser sérios: a NATO não pode ser uma aliança militar 'à la carte', não pode ser uma aliança militar dependente de como o presidente dos Estados Unidos está a cada dia. Sim, não, amanhã isto, depois aquilo", respondeu Josep Borrell, em Bruxelas, após ser questionado sobre as declarações.

"Vamos ser sérios. A NATO não pode ser uma aliança 'à la carte'. Ou existe ou não existe. Não vou perder o meu tempo a comentar cada ideia tonta que surgir nesta campanha eleitoral nos Estados Unidos", reiterou.

Borrell pede seriedade a Trump e rejeita NATO "à la carte"

O chefe da diplomacia europeia pediu hoje seriedade ao antigo Presidente norte-americano Donald Trump e rejeitou a ideia de fazer da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) uma "aliança 'à la carte'.

Lusa | 08:46 - 12/02/2024

Sublinhe-se que Trump tem sido frequentemente hostil em relação à continuação da ajuda americana à Ucrânia, em guerra com a Rússia há cerca de dois anos, e tem acusado regularmente os aliados da NATO de incumprimento dos seus compromissos em termos de despesas militares.

Leia Também: Biden considera "angustiantes e perigosos" palavras de Trump sobre a NATO

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