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Pelo menos dez mortos em várias explosões no maior mercado da Somália

Pelo menos dez pessoas morreram hoje em várias explosões que abalaram o maior mercado da capital da capital da Somália, Mogadíscio, segundo testemunhas citadas pelos meios de comunicação locais.

Pelo menos dez mortos em várias explosões no maior mercado da Somália
Notícias ao Minuto

20:58 - 06/02/24 por Lusa

Mundo Somália

As explosões ocorreram no mercado de Bakara e, na ausência de esclarecimentos por parte das autoridades, há confusão sobre se as explosões foram causadas por engenhos explosivos ou por tiros de morteiro.

"Ouvimos as explosões e fugimos para o abrigo. Passados alguns minutos, vimos cadáveres no chão. Dez mortos e 15 feridos", disse Ahmed Mohamed, uma testemunha ocular, segundo a Kaab TV.

Criado em 1972, Bakara é um mercado ao ar livre onde muitos residentes da capital compram alimentos, combustível, gasolina, medicamentos, roupas, produtos eletrónicos e outros artigos.

Até à data, as autoridades não comentaram o sucedido e ninguém reivindicou a autoria do atentado, embora o grupo fundamentalista islâmico Al-Shabaab realize frequentemente ataques em Mogadíscio.

A Somália está a viver uma intensificação das operações militares contra o Al-Shabaab, depois de o Presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, ter anunciado em agosto de 2022 uma "guerra total" contra os fundamentalistas.

Desde então, as forças armadas, apoiadas pela Missão de Transição da União Africana na Somália (Atmis, na sigla em inglês), têm levado a cabo extensas ofensivas contra aquele movimento, por vezes com a colaboração militar dos EUA.

O Al-Shabaab, ligado desde 2012 à Al-Qaida, efetua frequentemente ataques na capital e noutros locais, na sua tentativa de derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer um Estado islâmico wahhabita (ultra-conservador).

O movimento controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.

A Somália vive num estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamistas e senhores da guerra.

Leia Também: Somália anuncia ter desativado grupos no Whatsapp ligados à Al-Qaida

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