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Hong Kong repõe condenação de ativista por vigília a vítimas de Tiananmen

Um tribunal de Hong Kong restabeleceu hoje a condenação de uma ativista detida, na sequência de uma vigília proibida em homenagem às vítimas da repressão de Tiananmen, em 1989, em Pequim.

Hong Kong repõe condenação de ativista por vigília a vítimas de Tiananmen
Notícias ao Minuto

08:31 - 25/01/24 por Lusa

Mundo Tiananmen

Chow Hang-tung, antiga líder da Aliança de Hong Kong de Apoio aos Movimentos Democráticos e Patrióticos da China, grupo entretanto dissolvido, foi condenada a 15 meses em janeiro de 2022 por incitar outros a participarem na vigília proibida pela polícia, que alegou razões de saúde pública durante a pandemia da covid-19 em 2021.

Durante décadas, esta reunião pública foi organizada anualmente pela aliança, sendo a maior homenagem pública em solo chinês às vítimas do massacre de Tiananmen. Hong Kong e Macau eram, até à pandemia da covid-19, os únicos locais onde se assinalava a data, 04 de junho de 1989, mas com a crise de saúde pública, as autoridades dos dois territórios invocaram medidas antipandémicas para proibir as vigílias.

Em dezembro de 2022, Chow ganhou o recurso contra a condenação, com a juíza Judianna Barnes a decidir que as reuniões públicas não deviam ser proibidas se a polícia tivesse criado condições para reduzir o risco de propagação da covid-19.

O Governo regional recorreu da decisão e o Tribunal de Última Instância restabeleceu a condenação de Chow. No acordão, o juiz Roberto Ribeiro, de origem portuguesa, afirmou que a proibição da polícia foi "claramente uma medida proporcional e legítima".

Apoiantes da aliança, citados pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), disseram que a dissolução do grupo, em 2021, veio demonstrar que liberdades e autonomias prometidas quando a antiga colónia britânica regressou à soberania da China, em 1997, estão a diminuir.

No ano passado, o parque Vitória recebeu grupos pró-Pequim para celebrar a transferência de soberania de 1997, depois de as restrições impostas pela covid-19 terem sido levantadas.

Chow também foi condenada a quatro meses e meio de prisão por não ter fornecido às autoridades informações sobre a aliança no ano passado.

Num outro caso, a ativista e dois antigos líderes da aliança, Lee Cheuk-yan e Albert Ho, foram acusados de subversão ao abrigo da lei de segurança nacional.

A lei criminaliza a secessão, a subversão e o conluio com forças estrangeiras para intervir nos assuntos da cidade, bem como o terrorismo. Desde a promulgação da legislação, em 2020, muitos ativistas pró-democracia foram detidos, referiu a AP.

Os governos de Pequim e de Hong Kong saudaram a legislação por trazer de volta a estabilidade ao território semiautónomo.

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